sábado, 27 de abril de 2024

Goiás

Alcides Rodrigues, ex-governador de Goiás é condenado a 10 anos de prisão

POR Jornal Somos | 10/05/2019
Alcides Rodrigues, ex-governador de Goiás é condenado a 10 anos de prisão
O

O ex-governador de Goiás, Alcides Rodrigues (PRP), foi condenado a 10 anos e 10 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de associação criminosa, peculato e declaração falsa. A condenação, proferida pelo juiz eleitoral Antônio Cézar Meneses, vem de uma denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPE), de acordo com o site R7.

 

Na denúncia oferecida pelo MPE e aceita pelo juiz eleitoral no ano de 2012, são relatados crimes eleitorais cometidos por Alcides durante a campanha política de 2006. O político foi eleito governador do Estado em 2006 com 1.508.024 votos, e conforme a sentença, Alcides foi “beneficiado de todo esquema criminoso”, do qual ele tinha “pleno conhecimento do caráter ilícito”.

 

O juiz narra no documento condenatório que os acusados contrataram a empresa Multcooper com objetivo de fazer caixa dois para a campanha de Alcides no ano de 2006. Conforme o magistrado, com essa empresa “teria havido a celebração de um contrato, no importe de R$598.575,30 visando a contratação de pessoal, cujo pagamento seria rateado, em partes iguais, entre os candidatos A R (Alcides Rodrigues) e Marconi Perillo”. O documento atesta ainda que a prestação de contas do candidato Marconi Perillo registou pagamento, no valor de R$416.243,21 à cooperativa.

 

A defesa do ex-governador alegou “fragilidade das provas existentes” e requereu sua absolvição. Além disso, a defesa argumenta que Alcides Rodrigues não estava à frente de sua campanha citada na sentença e, em razão de seus afazeres como o então governador do Estado e também dos compromissos como candidato à reeleição, o controle havia sido passado à outra pessoa.

 

O magistrado concluiu então que “não há dúvida de que ocorreu o famigerado crime de ‘caixa dois’ na campanha do acusado, com a participação de outras diversas pessoas, vez que, pelos seus atos, existiam valores que ingressavam na contabilidade da campanha e de 2006, mas várias outras ocorriam por fora, sem declaração na prestação de contas”.

Jornal Somos

Jornal Somos

Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.

COMPARTILHE: