quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Goiás

Agrodefesa atualiza relação de municípios com Pinta Preta dos Citros

POR Jornal Somos | 04/12/2018

Praga atinge a casca de laranjas, limões e tangerinas em 25 municípios. Agrodefesa publica Instrução Normativa

Agrodefesa atualiza relação de municípios com Pinta Preta dos Citros

Redação Jornal Somos

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A Pinta Preta (Guignardia citricarpa) é caracterizada por lesões na casca dos frutos de todas as variedades de laranjas doces, limões e tangerinas, à exceção da lima ácida Tahiti, na qual não são observados os sintomas. A praga causa a queda dos frutos, reduzindo a produtividade das plantas. As lesões também aparecem nas folhas. É considerada uma das doenças fúngicas mais importantes da citricultura, acarretando muitos prejuízos.

 

Na edição da última quinta-feira (29), a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) publicou a Instrução Normativa nº 10/2018 no Diário Oficial do Estado. A Instrução atualiza a relação de municípios com ocorrência da Pinta Preta dos Citros (Guignardia citricarpa) em Goiás. Após a edição dessa nova normativa, fica revogada a IN nº 4 da Agrodefesa, de 12 de abril de 2018, que nominava os municípios até agora com focos da doença.

 

Isso se tornou necessário após a comprovação da presença da praga também nos municípios de Jataí, Cromínia e Itajá, conforme dados de diagnóstico fitossanitário emitidos pelo Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A divulgação dos locais com ocorrência da praga, pelos órgãos estaduais de defesa vegetal, segue determinação da Instrução Normativa Federal nº 1, de 5 de janeiro de 2009.

 

A relação atualizada de municípios com o problema, listados na IN nº 10, são: Pirenópolis, Anápolis, Hidrolândia, Piracanjuba, Morrinhos, Catalão, Inhumas, Bonfinópolis, Rio Verde, Bela Vista de Goiás, Goianápolis, Serranópolis, Aporé, Palmeiras de Goiás, Cromínia, Trindade, Itaberaí, Nerópolis, Campestre, Campo Limpo de Goiás, Campo Alegre de Goiás, Leopoldo de Bulhões, Caldazinha, Jataí e Itajá.

 

Para a comercialização interna, as áreas contaminadas devem seguir os critérios da Instrução Normativa Federal nº 3, de 8 de janeiro de 2008, que prevê exigência para o trânsito e comercialização das mudas e frutos, de documentos fitossanitários como Autorização de Trânsito Vegetal – ATV (trânsito interestadual) e Permissão de Trânsito Vegetal – PTV (trânsito intraestadual). Há restrições também para vendas externas para mercados livres das doenças, como é o caso da Europa.

 

Conforme a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio e Silva, depois de instalada em um pomar, não há possibilidade de eliminação da doença. Por isso a necessidade de adoção de estratégias como a aquisição de mudas certificadas, para prevenir a entrada do fungo nos pomares. A Agrodefesa, por meio dos fiscais estaduais agropecuários e responsáveis técnicos (engenheiros agrônomos) mantém constante monitoramento nas áreas de citros, além de fiscalizar o trânsito e comércio de mudas e frutos de citros de modo a prevenir a disseminação desta praga, minimizando assim os danos econômicos para a citricultura goiana.

 

O agrônomo e professor de Entomologia e Manejo de Pragas do Curso de Agronomia da Faculdade Objetivo Estevão Rodrigues explicou ao Jornal sobre a doença e cedeu conselhos importantes para o produtor de citros da região.

 

“A Pinta Preta é uma doença causada por fungo e que ataca as folhas, ramos e principalmente o fruto deixando impróprios para consumo in natura devido causar lesões na casca. Um dos fatores que contribui para a disseminação da doença são as mudas, sendo assim é importante que o produtor adquira suas mudas em viveiros com procedência, por que uma vez que a doença instala-se na área é bem difícil erradicar do pomar. Aqui na nossa região foi encontrado em lugares pontuais (Rio Verde, Morrinhos, Hidrolândia), assim, é de suma importância os produtores ficarem atentos para tentar minimizar a severidade da doença é importante retirar os frutos doentes e destruir para reduzir a fonte de inoculo, eliminar plantas com a presença da doença mais avançada e manter a planta em boas condições nutricionais e se necessário aplicação de Fungicidas”

 

 

Estevão salienta que devido a doença apresentar a característica de ser difícil erradicação (controle) é importante prevenir sua entrada no pomar. “Pomares com histórico da doença, a comercialização dos frutos acaba sendo prejudicada devido ao risco de ser um disseminador da doença para outros lugares assim fazendo com que o produtor tenha mais prejuízo”.

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