A advogada Taynara Trindade, detida sob suspeita de furtar uma bolsa com joias e relógios em um hotel de luxo em Goiânia, afirmou ser inocente e alegou que uma confusão com malas semelhantes levou ao equívoco. O caso ocorreu na noite da última terça-feira (15/4). Ela foi liberada horas após a prisão, depois de explicar que acreditava ter pego uma bagagem do companheiro, recém-chegado de Londres.

Câmeras de segurança registraram o momento em que um homem deixou a bolsa em um sofá próximo a Taynara, que estava ao telefone. Pouco depois, ela se levantou e pegou o objeto. Segundo a advogada, a bolsa era parecida com as do companheiro, nas cores preta e marrom, e ela não percebeu o engano. “Nunca foi minha intenção pegar algo de outra pessoa”, afirmou.

A bolsa foi levada ao quarto e deixada sobre a mesa. Ao retornarem de um jantar, o casal foi surpreendido pela polícia e preso. Em audiência de custódia, no entanto, o juiz entendeu que não houve intenção de furto e determinou o relaxamento da prisão, destacando falhas no processo, como a ausência das imagens das câmeras nos autos, mesmo já disponíveis.

Alegações de Abuso e Exposição Indevida

Taynara denunciou abusos durante a abordagem. Disse que foi algemada por cerca de 30 minutos, ainda de pijama, e impedida de entrar em contato com a OAB-GO. A advogada relatou ter sido ofendida verbalmente por policiais e acusou o delegado Humberto Teófilo de desrespeitá-la e expô-la publicamente.

“Fui chamada de ‘vagabunda’, me senti violada nos meus direitos. O delegado canetinha, que nem era o responsável pelo caso, usou minha imagem de forma irresponsável e política”, desabafou.

A conduta do delegado será apurada pela Corregedoria da Polícia Civil, conforme determinação judicial. O caso segue sob investigação.

*Com infomações Mais Goiás