domingo, 24 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Nesta semana que se encerrou, a Emater (Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária) ministrou o curso de Olericultura aos adolescentes do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), no Bairro Vera Cruz, em Goiânia. Segundo informações divulgadas pelo governo de Goiás, as unidades contam com didática onde os alunos podem realizar as aulas práticas do curso, e aprendem a cultivar áreas de milho, alface, couve, rúcula, pimenta, abóbora e espécies medicinais.
A capacitação é uma oportunidade para que os educandos possam se profissionalizar e encontrar novas chances de trabalho quando saírem da unidade, conta o técnico da Emater e um dos organizadores da iniciativa, Robson Luís de Morais. Segundo ele, o objetivo é viabilizar aos alunos que implantem futuramente seus próprios espaços voltados para a produção de hortaliças com baixo investimento inicial.
O curso é ministrado pelo engenheiro agrônomo da Emater, Jean Louis Martins, e dividido em quatro módulos. No primeiro, a turma será apresentada aos princípios básicos do cultivo de legumes e verduras para, posteriormente, entenderem aspectos quanto ao preparo do solo, manejo, colheita, processamento dos alimentos e comercialização.
Coordenador do Case, Bruno Sales Santana explica que a direção do centro sempre sentiu a necessidade de colocar os adolescentes em contato com a terra. “Já estamos percebendo a melhora no comportamento deles. De certa forma, também é um trabalho terapêutico. Trabalhando com o solo, no período em que eles estão aqui, ficam com a cabeça descansada”, declara.
Alguns alunos já manejam a plantação e os alimentos são destinados para o próprio restaurante do Case. “Eles voltam para o alojamento com a sensação de dever cumprido”, acrescenta Bruno.
Serão duas turmas com seis educandos cada. Apesar de aberto a quem queira participar, a formação adotou alguns critérios para a seleção dos estudantes. Foram avaliados perfis de jovens que vieram do interior e tiveram alguma experiência com o campo. Alguns alunos inclusive já trabalharam em propriedades rurais ou têm familiares que moram e produzem em sítios.
A superintendente do Sistema Socioeducativo da Seds, Kerima Ferreira Sobrinho, atenta para a importância da ação no processo de ressocialização dos internos. “Cursos como esse da Emater são fundamentais porque a nossa gestão tem foco em socioeducação, ou seja, apresentar aos adolescentes novos caminhos e novas oportunidades. Assim, podem sair daqui escrevendo uma nova história”, diz.
(Com informações Agência Cora)
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