quarta-feira, 02 de abril de 2025
Foto: Polícia Militar
Um adolescente de 16 anos, morador de Caldas Novas, é um dos responsáveis pelo canal que transmitiu ao vivo o ataque a um morador em situação de rua no Rio de Janeiro, em fevereiro deste ano. Durante as investigações, a polícia descobriu que, após o crime, o jovem continuava buscando pessoas dispostas a cometer atos de violência contra moradores de rua em troca de dinheiro.
Policiais da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) cumpriram mandados de busca e apreensão na residência do menor, onde foram confiscados computadores e outros equipamentos. Uma análise inicial revelou que ele administrava um canal na plataforma Discord, voltado para atrair investidores e indivíduos interessados em praticar crimes violentos contra moradores de rua e minorias.
O caso que trouxe o canal à tona ganhou repercussão nacional após a transmissão do momento em que um homem em situação de rua, de 46 anos, foi atacado com duas bombas caseiras, conhecidas como coquetéis molotov, enquanto dormia em uma calçada na Zona Oeste do Rio. O crime aconteceu em 19 de fevereiro.
Com 60% do corpo queimado, a vítima conseguiu correr até um hospital, onde permanece internada em estado regular. No dia seguinte ao ataque, a polícia do Rio apreendeu um adolescente de 17 anos, que confessou ter cometido o crime em troca de R$ 2 mil, após cumprir um “desafio” determinado pela plataforma. Um militar do Exército, de 20 anos, também foi preso, acusado de filmar e transmitir a ação.
Segundo a delegada Marcela Orçai, titular da DERCC, o adolescente goiano responderá por crimes análogos à tentativa de homicídio e incitação à violência, mesmo sem ter sido apreendido.
A polícia considera “extremamente preocupante” o fato de o jovem continuar recrutando pessoas para novos ataques, o que pode levar a um pedido de internação e ao indiciamento dele por outros delitos.
Com informações de Mais Goiás.
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