quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Já faz algum tempo que os veículos de comunicação entenderam que precisam mudar. O sentido de mudar é acompanhar o novo, novas tecnologias, novos consumidores, novos anunciantes.
A competição tem apresentado resultados positivos aos pequenos e médios que entendem mais de perto seu cliente, seja ele o anunciante ou o espectador da mensagem. Entretanto os que se apresentavam em primeiro lugar, com monopólios e conglomerados, não estão sendo tão felizes.
No segundo semestre do ano passado, uma das maiores editoras do Brasil fechou 10 revistas tradicionais e demitiu 500 jornalistas. Em comunicado interno, o Grupo Abril anunciou o fim da Cosmopolitan, Elle, Boa Forma, VIP, Viagem e Turismo, Mundo Estranho, Arquitetura, Casa Claudia, Minha Casa e Bebe.com.
Agora veio a tona mais uma demissão em massa e redução de programação. A emissora de televisão goiana que pertence ao Grupo Jaime Câmara estava nas fofocas desde o ano passado. Em fevereiro de 2018, surgiram informações de que o Grupo estaria vendendo todos os seus ativos para a Rede Matogrosssense de Comunicação. E em novembro do mesmo ano, chegaram até mesmo a anunciar uma possível venda oficial com valores estimados. Mas tudo mudou quando o CEO do Grupo, afirmou ao final do ano que os proprietários haviam desistido da venda por não haverem garantias de que todas as empresas adquiridas teriam continuidade, sobretudo as mídias impressas.
E foi com este contexto que a emissora continuou 2019 e piorou quando o governador Ronaldo Caiado decidiu anunciar bem menos em seu governo do que em governos anteriores. Quando perdeu em março uma das principais apresentadoras do jornal da manhã, que é considerado horário nobre da televisão goiana, para a Record TV Goiás. No mês seguinte, foi a vez da demissão do editor-chefe do “Bom Dia Goiás”, Ricardo Freitas. No início deste mês, mais uma publicação apresentou quedas.
Por conta da baixa audiência que vem registrando, a emissora decidiu encerrar seis telejornais e demitiu cerca de 100 funcionários. E ainda, deixou de produzir a segunda edição do Jornal Anhanguera em suas seis geradoras do interior nas cidades de Catalão, Itumbiara, Anápolis, Rio Verde, Jataí e Luziânia, a partir do dia 17 deste mês.
A TV Globo passa por uma crise sem precedentes em sua história. Virando inclusive piada aos humoristas das concorrentes. Agora na última semana, começaram novamente os rumores de uma possível venda. Considerada uma das mais problemáticas afiliadas da Globo em termos de audiência, a TV Anhanguera, afiliada da emissora em Goiás e Tocantins, está em negociações avançadas para ser vendida. A emissora deve vender para a empresária Polyana Jereissati que quer comprar a TV e tocar o negócio pessoalmente. Ela inclusive tem uma viagem marcada para Goiânia hoje, após um almoço com Irineu Marinho, um dos sócios da Globo. Amanhã a reunião na capital goiana é com os atuais donos da TV Anhanguera. Até o momento a executiva não quis se pronunciar sobre o assunto.
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