quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Conselho Estadual da Mulher (Conem) e a Secretaria Cidadã lançam às 8 horas desta segunda-feira (19) a Campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher. O evento será no Auditório do Museu Zoroastro Artiaga, na Praça Cívica, em Goiânia, e contará com representantes do movimento de mulheres e autoridades de Goiás.
Na oportunidade, serão mostradas versões em áudio e vídeo da campanha, que passam a ser veiculados em todos os veículos da mídia goiana. Também será apresentada programação das atividades que os órgãos de governo estadual e as entidades da sociedade civil realizarão durante a campanha, que vai até o dia 10 de dezembro.
Os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher é uma campanha global criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1991, com o intuito de envolver e mobilizar as populações em torno do tema violência contra as mulheres. Originalmente, a campanha tem duração de 16 dias, encerrando-se em 10 de dezembro, celebrado como Dia Internacional dos Direitos Humanos, mas no Brasil ganhou mais cinco dias para contemplar a luta das mulheres negras.
Levantamento da ONU mostra números de casos de Feminicídio na América Latina em 2017
Segundo informações da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), divulgado nesta última quinta-feira (15), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 2.795 mulheres foram assassinadas na região, no ano passado, em razão de sua identidade de gênero. Desse total, 1.133 foram registrados no Brasil.
O levantamento também ranqueia os países a partir de um cálculo de proporção. Nessa perspectiva, conforme a EBC, quem lidera a lista é El Salvador, que apresenta uma taxa de 10,2 ocorrências a cada 100 mil mulheres, destacada pela Cepal como "sem paralelo" na comparação com o índice dos demais países da região. Totalizando um índice de 1,1 feminicídios a cada 100 mil mulheres, o Brasil encontra-se empatado com a Argentina e a Costa Rica.
A Cepal ressaltou que a gravidade do feminicídio já fez com que 18 países latino-americanos tenham modificado suas leis para que o crime seja assim tipificado, o que implica no agravamento da pena. Veiculado a poucos dias do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, o comunicado da Cepal também assinala como um dos principais desafios para se abordar corretamente o tema a compreensão de que todas as formas de violência que afetam as mulheres estão determinadas, para além de sua condição sexual e de gênero, por diferenças econômicas, etárias, raciais, culturais, de religião e de outros tipos.
Na avaliação da comissão, esse discernimento permitiria que as políticas públicas considerassem a diversidade das mulheres e as diversas formas de violência direcionada a essa parcela da população. São relacionados, por exemplo, além do feminicídio íntimo, o feminicídio sexual sistêmico, em que a vítima também é sequestrada e estuprada, e o feminicídio lesbofóbico ou bifóbico, configurado quando a vítima é bissexual ou lésbica e é assassinada porque o agressor entende que deve puni-la por sua orientação sexual.
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