quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Iniciou nesta segunda-feira (18) a 11ª edição das Paralimpíadas Escolares em São Paulo. Com sua primeira edição em 2009, esse é o maior evento mundial para crianças com deficiência em idade escolar. Muitos talentos já passaram pelas Escolares, como os velocistas Alan Fonteles, que foi ouro em Londres em 2012 e Verônica Hipólito, prata no Rio em 2016.
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O estado de Goiás está enviando sua maior delegação da história para as Paralímpiadas Escolares. No domingo (17), embarcaram para São Paulo 122 pessoas, sendo treinadores, staffs e atletas. O evento será realizado no Centro de Treinamento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). A competição acontece até o dia 23 de novembro e contará com crianças e adolescentes de 12 a 17 anos.
A delegação goiana será a quarta maior da competição, atrás apenas da anfitriã São Paulo, Minas Gerais e Pará. No último ano, Goiás levou 42 atletas, número que aumentou para 70 este ano, deixando ainda maior a representatividade do paradesporto goiano. Uma das modalidades que está sendo disputada é o parabadminton, onde atletas em cadeira de rodas e andantes utilizam uma raquete para golpear uma peteca na quadra dos adversários competindo em provas individuais, duplas (masculinas e femininas) e mistas em seis classes funcionais diferentes. A modalidade é uma das trabalhadas no Centro de Referência Paralímpico, localizado no Centro de Excelência do Esporte, em Goiânia.
Uma das estreantes nas Paralimpíadas Escolares é Ana Carolina Coutinho, de 15 anos. A jovem iniciou no parabadminton em julho deste ano e, mesmo com o pouco tempo de prática, vai para a sua segunda competição, já que anteriormente participou do Campeonato Brasiliense. “Eu tenho pouco tempo de esporte, mas já estou apaixonada por isso. Competir é uma novidade para mim, estou muito ansiosa pela viagem e pela competição”, destacou a adolescente.
João Gabriel Carbajal, por outro lado, já é veterano no evento. No ano passado o jovem de 14 anos disputou as Paralimpíadas Escolares no atletismo, correndo as provas de 75m e 100m. Em 2019 o garoto migrou de modalidade, entrando também no parabadminton. “Quando meu treinador falou do parabadminton eu nem sabia o que era, tive que pesquisar na internet. No começo do ano iniciei os treinamentos e me apaixonei pela modalidade. Já disputei as Paralimpíadas Escolares, mas agora, em outra modalidade, vai ser uma experiência nova”, contou João Gabriel, que deixou o atletismo para trás e agora quer dar sequência no parabadminton.
Rafael Rahif, secretário de Esporte e Lazer, ressaltou o trabalho que vem sendo feito no paradesporto goiano em 2019, a partir da recriação da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel). “Estamos vivendo um divisor de águas no paradesporto goiano, desenvolvendo núcleos paralímpicos em cidades do interior do Estado e o Centro de Referência Paralímpico, em Goiânia. Com esse trabalho nós estamos descobrindo os talentos onde eles estão, e formando atletas paralímpicos, dando oportunidade a eles viverem várias modalidades”, comentou o secretário.
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Goiás também será representado no vôlei sentado, tênis de mesa, futebol de 5, futebol de 7, bocha, basquete em cadeiras de rodas, atletismo e natação. A delegação será chefiada pelo gerente de Práticas Desportivas e Paralímpicas, João Turíbio.
Centro de Referência
Em outubro o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), assinou um termo de cooperação com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para a instalação de um Centro de Referência Paralímpico em Goiânia.
A iniciativa contará com professores capacitados para o treinamento de atletas do paradesporto com idades entre 8 e 17 anos e irá funcionar no Centro de Excelência do Esporte. A princípio, a estrutura já existente no complexo será utilizada para trabalhar as modalidades de vôlei sentado, natação, atletismo e parabadminton.
Serão oferecidas 200 vagas para crianças e adolescentes. Além disso, haverá um espaço reservado para adultos que já estão no nível de alto rendimento. Para atender os atletas, professores goianos passaram por capacitação oferecida pelo CPB. Na oportunidade, foram replicadas as metodologias usadas no esporte paralímpico brasileiro.
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