segunda-feira, 01 de dezembro de 2025

Menino de 5 anos morre ao cair do 12º andar; defesa diz que ele ficou 10 minutos sozinho antes da queda

POR Thais Cabral | 01/12/2025
Menino de 5 anos morre ao cair do 12º andar; defesa diz que ele ficou 10 minutos sozinho antes da queda

Foto: Reprodução

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Matthew Cruz Mussa, de 5 anos, morreu na manhã de sexta-feira (28/11) após cair do 12º andar de um prédio no Bairro Grand Ville, em Uberlândia (MG). O acidente ocorreu por volta das 7h30, e o óbito foi confirmado no local pelo Corpo de Bombeiros.

 

As primeiras investigações revelam que o menino estava sozinho no apartamento no momento da queda. A perícia identificou que ele usou uma mesa e uma cadeira plásticas infantis como apoio para alcançar a janela do banheiro — o único cômodo sem tela de proteção. Diferente das demais janelas do imóvel, esta também não possuía limitador de abertura, deixando espaço suficiente para a passagem da criança.

 

Cena encontrada pelos policiais

 

Ao entrar no apartamento, policiais encontraram a cadeirinha e a mesa infantil encostadas logo abaixo da janela do banheiro, reforçando a hipótese de que Matthew subiu nos objetos para olhar para fora. A queda foi de aproximadamente 35 metros. Moradores relataram ter ouvido gritos logo após o corpo ser localizado na área externa do condomínio.

 

O que disse a mãe

 

A mãe, Emily Linhares, contou inicialmente à Polícia Militar que deixou o filho dormindo por volta das 6h30 para ir à academia do condomínio. Depois, o advogado da família afirmou que ela estava, na verdade, na lavanderia coletiva da torre — um local interno agendado por aplicativo. Ele disse ainda que a criança teria ficado sozinha por cerca de 10 minutos.

 

O boletim de ocorrência, porém, registra que ela deixou o apartamento antes das 7h. Uma testemunha afirma ter visto a queda por volta das 7h25.

 

Situação jurídica

 

Emily foi conduzida à delegacia após atendimento médico, mas não teve a prisão ratificada. A Polícia Civil informou que, até o momento, não há indícios do crime de abandono de incapaz. Segundo o delegado responsável, esse tipo penal exige intenção clara ou previsibilidade imediata de risco, o que, na análise inicial, não se aplica ao caso.

 

A investigação segue com oitivas, análise de imagens internas do condomínio e laudos periciais.

 

 

*Com informações Metrópoles 

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