O Ministério da Saúde anunciou que, a partir de outubro de 2025, o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer o implante contraceptivo Implanon, considerado um dos métodos mais eficazes de prevenção da gravidez. A medida deve beneficiar cerca de 100 mil mulheres em todo o país, já que a pasta recebeu mais de 100 mil unidades do dispositivo e 100 kits de treinamento para capacitar os profissionais de saúde responsáveis pela inserção.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a chegada do Implanon ao SUS representa um avanço histórico no planejamento reprodutivo:

“É uma revolução que vai garantir acesso gratuito às mulheres de uma medicação que costuma custar muito caro no serviço privado. Além de prevenir a gravidez indesejada, o implante vai contribuir para reduzir a mortalidade materna no país.”

O Implanon é um pequeno bastão de plástico, colocado sob a pele por médicos ou enfermeiros habilitados, que libera continuamente o hormônio etonogestrel na corrente sanguínea. Esse hormônio impede a ovulação e altera a secreção do colo do útero, dificultando a entrada dos espermatozoides. O método tem duração de até três anos e, após a remoção, a fertilidade retorna rapidamente.

Hoje, entre os métodos de longa duração disponíveis no SUS, apenas o DIU de cobre é oferecido. A inclusão do Implanon amplia as opções seguras e reversíveis de planejamento familiar, que já conta também com preservativos masculino e feminino, anticoncepcionais orais, injetáveis, laqueadura tubária e vasectomia.

As Oficinas de Qualificação para a Implementação do Implante Subdérmico, promovidas pelo Ministério da Saúde, ocorrerão entre outubro e dezembro de 2025 em todos os estados e no Distrito Federal, garantindo que os profissionais da Atenção Primária estejam aptos a realizar o procedimento.

*Com informações Mais Goiás