quarta-feira, 28 de maio de 2025
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-AL), usou suas redes sociais nesta segunda-feira (24) para criticar a proposta do governo federal de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Sem mencionar diretamente o Ministério da Fazenda ou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Motta afirmou que o Brasil “não precisa de mais imposto, precisa de menos desperdício”.
A fala ocorre após o governo anunciar medidas para elevar a arrecadação por meio do IOF, gerando forte reação negativa no mercado financeiro, entre economistas e no Congresso Nacional. A pressão foi tão intensa que, em menos de seis horas, o Ministério da Fazenda recuou parcialmente, mantendo alíquota zero para investimentos de fundos nacionais no exterior.
Em sua publicação, Motta destacou que “o Estado não gera riqueza — consome. E quem paga essa conta é a sociedade”. Ele reforçou que a Câmara tem apoiado projetos importantes, mas criticou o descontrole dos gastos públicos: “Quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor. O Executivo não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar”.
A crítica se soma à de outros parlamentares, como Luciano Zucco (PL-RS), que apresentou um Projeto de Decreto Legislativo para tentar barrar o aumento das alíquotas. Para Zucco, a medida penaliza quem empreende e trabalha, ao invés de priorizar cortes de despesas e revisão de privilégios.
As medidas do governo incluíam a elevação do IOF em operações como seguros de vida, crédito de cooperativas, empréstimos a empresas e transações cambiais. A equipe econômica previa arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026, mas o recuo parcial pode reduzir esse montante.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, justificou as mudanças como um esforço para alinhar a política fiscal à monetária. Admitiu, no entanto, o impacto negativo no mercado e disse que o governo está disposto a “corrigir rotas”. Segundo Haddad, as medidas afetariam principalmente empresas e contribuintes de maior renda, mas economistas criticaram o uso de um tributo regulatório com fins arrecadatórios.
A controvérsia sobre o IOF evidencia o desafio do governo em equilibrar as contas públicas sem elevar a carga tributária. Parlamentares, como Hugo Motta, defendem que o caminho mais eficaz passa por cortes de gastos e maior eficiência na gestão pública.
Com informações de Jovem Pan.
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