sexta-feira, 09 de maio de 2025
Foto: Agência Brasil
O governo brasileiro rejeitou a proposta dos Estados Unidos de classificar facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas. A manifestação foi feita durante reunião realizada nesta terça-feira (6), em Brasília, com a presença do diplomata americano David Gamble, responsável pelo setor de sanções do Departamento de Estado dos EUA.
Segundo o secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, embora não tenha participado do encontro, a posição brasileira foi clara: “Não consideramos as facções organizações terroristas. Em primeiro lugar, porque isso não se adequa ao nosso sistema legal, sendo que nossas facções não atuam em defesa de uma causa ou ideologia. Elas buscam o lucro através dos mais variados ilícitos.”
A reunião foi conduzida por técnicos do Ministério da Justiça e servidores de escalão inferior da Secretaria Nacional de Segurança Pública. Durante o encontro, o governo reforçou que atua de forma contínua no combate ao crime organizado, com ações como o fortalecimento de presídios federais, o isolamento de lideranças criminosas e a integração com outros países da América Latina.
A proposta de rotular as facções como terroristas tem ganhado força entre aliados do ex-presidente Donald Trump, que estuda tomar a mesma medida adotada contra o grupo venezuelano Tren de Aragua. No Brasil, a ideia é defendida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que acusam o governo Lula de fragilidade no enfrentamento ao crime organizado.
Com informações de Mais Goiás.
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