domingo, 13 de julho de 2025
Foto: Arquivo pessoal
A Polícia Civil de Ilha Solteira, no interior de São Paulo, prendeu nesta quinta-feira (10) dois homens suspeitos de envolvimento no assassinato da estudante universitária Carmen de Oliveira Santos, de 25 anos. Negra e trans, Carmen está desaparecida desde 12 de junho, quando foi vista pela última vez próximo ao Campus II da Unesp, onde cursava Zootecnia.
Nesta sexta-feira (11), policiais realizaram uma operação na casa de um dos investigados, localizada em uma área rural da cidade. Cães farejadores e drones foram usados nas buscas, que contaram com apoio da Guarda Municipal e do canil da Polícia Militar. A perícia também foi acionada no local. A mesma ação será feita na residência do segundo suspeito.
Segundo o delegado responsável pelo caso, uma das linhas de investigação aponta que Carmen teria reunido provas de crimes como furto e roubo de cabos, supostamente praticados por um dos suspeitos, com quem ela teria um relacionamento.
Em nota, a Polícia Civil informou que imagens estão sendo analisadas, testemunhas estão sendo ouvidas e várias diligências estão sendo feitas. Também foi solicitado o apoio da Marinha para auxiliar nas buscas nas margens de rios da região.
A comoção tomou conta da cidade. Amigos e familiares da jovem realizaram uma manifestação nesta quinta-feira, pedindo respostas. “Queremos saber onde está Carmen”, diziam os cartazes. “Nossa luta é para que esse caso não seja esquecido”, afirmou Lucas Oliveira, irmão da estudante.
Nas redes sociais, a família criou o perfil @carmenondeesta para mobilizar a população. “Precisamos do corpo, ou de onde ela esteja, para termos paz. E que punam quem fez essa brutalidade com ela”, desabafou o pai de Carmen em vídeo.
A Unesp também se manifestou em nota oficial, prestando solidariedade à família e afirmando que acompanha o caso com apreensão.
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