domingo, 27 de julho de 2025
Foto: X
A Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada na noite desta sexta-feira (25) para retirar um grupo de deputados federais bolsonaristas que haviam montado acampamento na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A determinação partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou inclusive a prisão dos parlamentares em caso de descumprimento da ordem.
O governador do DF, Ibaneis Rocha, foi intimado pessoalmente a tomar providências e se dirigiu ao local para negociar a retirada. Segundo ele, caso os parlamentares se recusassem a sair, a polícia estava autorizada a efetuar a prisão. A Praça, onde estão localizados o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, é considerada área de segurança e teve os acessos interditados.
A mobilização teve início quando o deputado Hélio Lopes (PL-RJ) armou uma barraca em frente ao STF e colocou esparadrapo na boca como forma de protesto contra decisões judiciais que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ato atraiu apoiadores e outros parlamentares do PL, como Sóstenes Cavalcante (AL), Cabo Gilberto Silva (PB), Coronel Chrisóstomo (RO) e Rodrigo da Zaeli (MT).
A decisão de Moraes determinou a remoção imediata dos deputados e proibiu a instalação de novos acampamentos num raio de 1 km da Praça dos Três Poderes, da Esplanada dos Ministérios e de quartéis das Forças Armadas. A medida, segundo o ministro, tem o objetivo de preservar a segurança pública e evitar episódios semelhantes aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Durante a negociação, conduzida com apoio do desembargador aposentado Sebastião Coelho, o governador Ibaneis expressou desconforto com a situação, mas reforçou que cumpriria a ordem judicial. Os parlamentares concordaram em desmontar as barracas e se deslocar para outro ponto da Esplanada. No entanto, foram novamente impedidos por nova decisão de Moraes que ampliava a proibição para todo o entorno da Praça e da Esplanada.
A Secretaria de Segurança Pública do DF também alertou para o risco de novos tumultos, e informou que o entorno do STF seria cercado por grades ainda na noite de sexta-feira.
“Nossa luta é pela liberdade. Queremos votar o PL da anistia e libertar o nosso líder Bolsonaro”, afirmou o deputado Coronel Chrisóstomo ao deixar o local.
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.