quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Foto: Divulgação/Polícia Militar
Movimentações financeiras milionárias e incompatíveis com os salários levaram à investigação de cinco policiais militares de Goiás, suspeitos de envolvimento em corrupção passiva, facilitação de contrabando, lavagem de dinheiro, agiotagem e extorsão. Segundo o comandante-geral da PM, coronel Marcelo Granja, os investigados chegaram a montar camarotes particulares com os próprios nomes em festas agropecuárias no interior do estado, demonstrando alto padrão de vida.
A Operação Scutum, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (4), cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em Goiás e um em Londrina (PR). Os policiais, lotados na Companhia de Policiamento Especializado (CPE) de Jataí e atuantes em Mineiros, já estavam afastados e sem porte de arma há algumas semanas.
De acordo com o comandante, foi a própria Polícia Militar que denunciou o caso à PF após constatar a incompatibilidade financeira e receber diversas denúncias. “Assim que as irregularidades foram identificadas, todos foram imediatamente afastados”, afirmou Granja.
As investigações apontam que o grupo cobrava propina para liberar cargas ilegais ou apreendia produtos de forma indevida para revendê-los. Comerciantes e moradores de Jataí e Mineiros também estão sendo investigados por envolvimento no esquema, e alguns endereços foram alvos das buscas.
A PF identificou um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro e agiotagem, mas ainda não há informações sobre os valores movimentados nem sobre há quanto tempo o grupo atuava na região.
*Com informações Mais Goiás
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