quarta-feira, 05 de novembro de 2025

Médica que sequestrou bebê em hospital é presa em Itumbiara por suspeita de envolvimento em assassinato

POR Marcos Paulo dos Santos | 05/11/2025
Médica que sequestrou bebê em hospital é presa em Itumbiara por suspeita de envolvimento em assassinato
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A neurologista Claudia Soares Alves, que em julho de 2024 se passou por pediatra e sequestrou uma recém-nascida da maternidade do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), foi presa novamente nesta quarta-feira (5), em Itumbiara (GO). Desta vez, ela é investigada por envolvimento na morte da farmacêutica Renata Bocatto Derani, de 38 anos, assassinada a tiros em 2020, no bairro Presidente Roosevelt, em Uberlândia (MG).

 

De acordo com o delegado Eduardo Leal, Claudia teria mantido um relacionamento com o ex-marido da vítima. O crime teria sido motivado após Renata proibir o ex-companheiro de ver a filha enquanto ele estivesse com a médica, que, segundo as investigações, tentava assumir a maternidade da criança. “Cláudia acreditava que, tirando a vida da vítima, teria mais facilidade para exercer esse poder familiar”, explicou o delegado.

 

Além da médica, outros dois homens — um vizinho da vítima e o filho dele — também foram presos por suspeita de participação no homicídio. Os mandados de prisão temporária podem ser prorrogados por mais 30 dias e convertidos em preventiva.

 

As investigações revelam que Claudia demonstrava uma obsessão por ser mãe de menina, tendo tentado adoções fraudulentas, falsificado documentos, e até tentado comprar um bebê no estado da Bahia. Na residência dela, a polícia encontrou um quarto infantil decorado, com um berço, roupas de criança e uma bebê reborn.

 

A médica já havia sido presa e indiciada por tráfico de pessoas e falsidade ideológica após o sequestro da recém-nascida no HC-UFU, mas foi solta em março de 2025 para responder em liberdade. Na ocasião, ela foi encontrada com a bebê em Itumbiara, um dia após o crime, e alegou estar em surto psicótico sob uso de medicação controlada.

 

Claudia também era docente da Faculdade de Medicina da UFU, o que lhe garantia acesso às dependências do hospital. Disfarçada com jaleco, luvas, máscara e um crachá falso, ela convenceu os pais da criança de que levaria a bebê para se alimentar, mas fugiu com ela.

 

Os três suspeitos agora serão encaminhados para Uberlândia, onde permanecerão à disposição da Justiça.

 

“A médica sempre teve uma fixação em ser mãe e planejava tudo de forma fria e detalhada”, resumiu o delegado responsável pelo caso.

 

Com informações de G1.

 

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