sábado, 25 de outubro de 2025
O Ministério Público de Goiás (MPGO) obteve a condenação de dois coordenadores de uma clínica de reabilitação irregular em Rio Verde por envolvimento na morte de um interno, ocorrida em 2016. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (23), após julgamento no Tribunal do Júri.
O coordenador disciplinar da instituição foi condenado a 16 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão por homicídio qualificado, com as qualificadoras de tortura e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Já o outro coordenador recebeu pena de 9 anos de prisão por tortura seguida de morte. Ambos tiveram a prisão imediata decretada.
De acordo com o MPGO, a clínica — que funcionava sem autorização dos órgãos públicos competentes — abrigava cerca de 22 pessoas, incluindo adolescentes, submetidas a condições degradantes, violência física, trabalhos forçados e uso de medicamentos controlados sem prescrição médica.
As investigações revelaram que um dos coordenadores utilizava um aparelho de choques elétricos para punir internos e manter controle sobre eles. Em 11 de novembro de 2016, um dos internos tentou fugir, mas foi recapturado e brutalmente espancado. Ele foi molhado com baldes de água, submetido a choques e agredido até perder a consciência, morrendo por asfixia mecânica provocada por broncoaspiração, segundo laudo pericial.
A acusação foi conduzida por representantes do Ministério Público de Goiás que atuaram no Tribunal do Júri e no Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (Gaejuri).
Com informações de MPGO.
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.