A influenciadora digital Marina Araujo Marques Silveira, conhecida como “embaixadora” em Santa Helena de Goiás, foi presa duas vezes na última quarta-feira (21), suspeita de cometer crimes contra a honra da vereadora Juliana Costa Lourenço (MDB). Com mais de 30 mil seguidores no Instagram, Marina administra um grupo com cerca de 900 membros, onde divulga informações sobre os bastidores da política local.

Segundo a Polícia Militar, Marina publicou conteúdos em redes sociais nos quais acusa a vereadora de receber propinas da área da saúde e de roubar os cofres públicos. Diante das acusações, a parlamentar registrou ocorrência e a influenciadora foi conduzida à delegacia. Após o pagamento de fiança, ela foi liberada, mas voltou a publicar mensagens consideradas ofensivas, o que motivou sua nova prisão, desta vez encaminhada ao 8º Distrito Policial em Rio Verde, com acompanhamento de seu advogado.

Apesar das detenções, Marina se manifestou por meio das redes sociais: “Tô aqui, firme de cabeça erguida. Podem tentar me derrubar, mas eu sigo - por mim, por vocês e por essa cidade.” Em nota, ela alegou ser vítima de perseguição e declarou confiar na Justiça.

A Prefeitura de Santa Helena repudiou os ataques e afirmou que “liberdade de expressão não é sinônimo de agressão ou disseminação de ódio”. A vereadora também se pronunciou, reafirmando sua confiança nas instituições e ressaltando que a liberdade de expressão não deve ser usada como escudo para crimes contra agentes públicos.

De acordo com o delegado Humberto Santos, Marina já acumula mais de 20 registros policiais por calúnia, difamação, injúria e comunicação falsa de crime. Ele informou ainda que há pelo menos 10 vítimas identificadas em investigações anteriores e destacou que crimes cometidos nas redes sociais têm pena aumentada em até três vezes, podendo chegar a três anos de prisão.