sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Foto: Reprodução
Uma policial militar salvou uma criança de um ano e 11 meses esquecida, trancada e desacordada em um veículo no bairro Conjunto Ceará, em Fortaleza, na tarde desta quarta-feira, 19, por volta das 12h30min.
A soldado Andrezza Rakoff estava de folga quando ouviu gritos de moradores e foi verificar. Inicialmente, ela pensou que se tratava de uma tentativa de furto, mas, ao se aproximar, percebeu a gravidade da situação.
"Quando cheguei, escutei 'morreu, morreu' e vi uma criança presa e desacordada dentro do carro," relatou a policial. Segundo a PM, a menina, que tem 1 ano e 11 meses, estava molhada de suor e não respondia aos estímulos.
Moradores no local afirmaram que a criança ficou aproximadamente duas horas dentro do veículo, que estava sob forte calor e completamente fechado, sem qualquer ventilação. A policial criticou o fato de muitas pessoas estarem filmando e conversando sem tomar providências.
"De imediato, eu quebrei o vidro. Me deram um martelo, quebrei o vidro e destravei a porta por dentro e tirei a criança", descreveu a militar.
Após o resgate, a policial Andrezza solicitou apoio de uma viatura e levou a criança para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Conjunto Ceará, onde ela foi direcionada para a sala vermelha devido à gravidade do quadro.
A menina recebeu alta médica após o atendimento. A mãe da criança compareceu à UPA em estado de desespero e agradeceu a ação da policial que salvou a vida da filha.
Padrasto indiciado por abandono
A mãe informou haver deixado a menina sob a responsabilidade do padrasto, que deveria levá-la à creche antes de seguir para o trabalho.
Conforme a mãe relatou à Polícia Militar, o companheiro, entretanto, não retornou ao local do ocorrido nem apresentou justificativas.
A policial e a equipe que prestou apoio à ocorrência se dirigiram à Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa), onde o caso está sendo investigado. O caso foi registrado como abandono de incapaz em desfavor do padrasto.
A delegacia instaurou o procedimento por meio de portaria e ainda solicitou uma medida protetiva para o padrasto ser impedido de se aproximar da criança.
Até o momento, o homem não se apresentou à autoridade policial.
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