terça-feira, 16 de dezembro de 2025
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
O Brasil recuou uma posição no ranking global de conflitos, mas continua entre os 10 países com os níveis de violência mais severos do planeta. Os dados fazem parte do novo Índice de Conflito divulgado pela organização internacional Armed Conflict Location & Event Data (ACLED), que analisou registros entre 1º de dezembro de 2024 e 28 de novembro de 2025.
Mesmo com a leve queda no ranking, o país permanece em um patamar considerado crítico pela entidade, ao lado de nações afetadas por guerras civis, conflitos armados e instabilidade crônica. Segundo a ACLED, o cenário brasileiro é impulsionado, principalmente, pela atuação de gangues e do crime organizado, colocando o país ao lado de México, Equador e Haiti entre os piores indicadores globais.
De acordo com o levantamento, o número de conflitos no mundo se manteve elevado nos últimos 12 meses. Foram contabilizados mais de 204,6 mil eventos de conflito, uma redução discreta em relação aos 208,2 mil registrados no período anterior. Ainda assim, esses episódios resultaram, de forma conservadora, em mais de 240 mil mortes em todo o planeta.
Os conflitos na Ucrânia e na Palestina seguiram como os principais focos de violência global, concentrando juntos mais de 40% de todos os eventos registrados. Também continuam em níveis críticos as guerras civis em Mianmar e no Sudão, além de conflitos persistentes em países como Síria, Nigéria e Paquistão.
O Índice de Conflito da ACLED avalia a situação de segurança de todos os países e territórios do mundo com base em quatro critérios: letalidade, risco para civis, dispersão geográfica da violência e número de grupos armados ativos. Segundo a organização, Brasil, México, Mianmar e Nigéria apresentam desempenho elevado — e negativo — em todos esses indicadores.
Na América Latina e no Caribe, o estudo aponta uma piora significativa em alguns países. O Equador subiu para a 6ª posição no ranking global, impulsionado pela atuação de mais de 50 grupos armados, incluindo cerca de 40 gangues. Mais da metade dessas organizações esteve envolvida em mais de 2.500 ataques direcionados contra civis durante o período analisado.
No Haiti, a situação também se agravou. O país saltou do 11º lugar em 2024 para a 8ª posição em 2025, após quase dobrar o número de mortes relacionadas a conflitos e registrar aumento expressivo de ataques contra a população civil.
Com informações de Jornal Opção.
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