terça-feira, 22 de abril de 2025
Foto: TV Globo
Um adolescente de 14 anos, morador do bairro Jardim Carioca, em Campo Grande (MS), é suspeito de liderar uma das maiores redes de crimes cibernéticos voltados contra crianças e adolescentes no Brasil. A informação foi divulgada pela Polícia Civil durante a Operação Adolescência Segura, realizada nesta terça-feira (15).
A ação ocorreu simultaneamente em sete estados e teve como objetivo desarticular uma organização criminosa atuante em plataformas digitais, como Discord e Telegram. De acordo com o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), o adolescente exercia papel de comando dentro do grupo, coordenando outros integrantes que atuavam sob sua hierarquia.
Durante a operação, cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande. Na casa do adolescente, os agentes recolheram computadores, celulares e documentos. Ele confessou sua participação e liderança no grupo criminoso, mas não foi apreendido, já que não houve flagrante, conforme explicou a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelo Dracco.“O adolescente atuava como chefe. Era o principal articulador dos atos infracionais cometidos pelos grupos”, afirmou a delegada.
Além de Mato Grosso do Sul, a Operação Adolescência Segura também ocorreu em Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, dois de prisão temporária e sete de internação provisória de adolescentes. Até o momento, dois adultos foram presos e seis menores apreendidos.
A rede é investigada por crimes graves praticados no ambiente virtual, como:
Tentativa de homicídio
Instigação ao suicídio e incentivo à automutilação
Armazenamento e divulgação de pornografia infantil
Maus-tratos a animais
Apologia ao nazismo
As investigações tiveram início em 18 de fevereiro de 2025, após um ataque brutal contra um morador de rua, que teve 70% do corpo queimado após ser atingido por coquetéis molotov lançados por um adolescente. O crime foi transmitido ao vivo por Miguel Felipe, um dos envolvidos, para cerca de 220 pessoas no Discord. Ele foi preso e o menor, apreendido e internado.
A operação foi conduzida pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav-RJ), com apoio do CyberLab da Secretaria Nacional de Segurança e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Com informações de Portal G1.
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