segunda-feira, 15 de setembro de 2025
A forma como o ser humano ocupou a Amazônia nas últimas quatro décadas acelerou a perda de vegetação nativa e colocou em risco o equilíbrio climático mundial. Dados da série histórica do MapBiomas, divulgados nesta segunda-feira (15), mostram que entre 1985 e 2024 o bioma perdeu 52 milhões de hectares de áreas verdes, o que corresponde a 13% do território.
Somando com os danos anteriores, a Amazônia já acumula 18,7% de perda de vegetação nativa, sendo 15,3% transformados em áreas de uso humano. “O bioma está se aproximando do ponto de não retorno previsto pela ciência, que varia entre 20% e 25% de destruição”, alerta o pesquisador Bruno Ferreira.
Avanço das atividades humanas
A soja é hoje a principal cultura agrícola da Amazônia, ocupando 5,9 milhões de hectares (74,4% do total da agricultura no bioma). Apesar da Moratória da Soja, que proíbe a compra de grãos cultivados em áreas desmatadas após 2008, a ocupação cresceu 4,3 milhões de hectares desde então. Desse total, 769 mil hectares avançaram diretamente sobre florestas.
A floresta foi a vegetação mais suprimida, com perda de 49,1 milhões de hectares – quase 95% do total removido. O estudo também aponta a redução de 2,6 milhões de hectares de superfícies cobertas por água, como igarapés, campos alagáveis e manguezais, deixando o bioma mais seco. Nos últimos dez anos, oito deles estiveram entre os mais secos da Amazônia.
Em 2024, 2% da cobertura verde da Amazônia corresponde à vegetação secundária, em processo de regeneração. Isso equivale a 6,9 milhões de hectares que haviam sido convertidos no passado, mas não voltaram a ser desmatados. Ainda assim, 88% do desmatamento registrado no último ano ocorreu em áreas de vegetação primária.
Com informações de Agência Brasil.
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