terça-feira, 23 de abril de 2024

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Posse de novo presidente do TSE demonstrou tensão sobre eleições 2022 no Brasil

POR | 17/08/2022
Posse de novo presidente do TSE demonstrou tensão sobre eleições 2022 no Brasil

Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

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A posse do novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, foi realizada na noite de ontem, terça-feira (16/8), e repleta de encontros inusitados diante do cenário atual. A solenidade em anos anteriores era vista como uma simples formalidade recebeu atenção especial nesta edição. A cerimônia também oficializou a posse do ministro Ricardo Lewandowski como vice-presidente do TSE.

 

Lewandowski e Moraes comandarão o tribunal durante a campanha, a votação e a homologação do resultado das eleições 2022, além da posse dos eleitos em 2023.

 

Diante do desgaste de imagem do atual presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, com as falas diretas e indiretas ao redor da credibilidade ou não da estrutura da eleição (urnas eletrônicas), existia uma dúvida sobre a presença do mesmo na cerimônia. E para finalizar ainda foi anunciada a presença de outras autoridades, que ocuparam o mesmo cargo anteriormente.

 

Ao final, na banca oficial estava Jair ao lado dos ministros que hoje compõe a corte de Justiça, no Supremo Tribunal Federal (STF), que são freqüentes alvos de criticas feitas pelo gestor do Executivo.

 

Em seu discurso, Moraes fez uma defesa da urna eletrônica, criticou a disseminação de informações falsas (fake news) e afirmou que liberdade de expressão não é "liberdade de destruição da democracia". E foi seguido por grande parte das falas feitas pelas autoridades jurídicas presentes, incluindo até mesmo o procurador geral da República, Augusto Aras, que em seu discurso, demonstrou pouca disposição em apoiar os ataques às instituições.

 

 

E a tensão ficou maior ainda, já que logo na primeira fila dos presentes, em frente à Corte e ao Presidente, estavam outros alvos de suas falas, considerados opositores ou apoiadores. A sequência das cadeiras era Michel Temer, Luiz Inácio Lula da Silva, José Sarney e Dilma Rousseff.

 

A cerimônia contou com mais de 2 mil convidados no plenário, contando ainda com a presença do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), deputados, senadores e 22 governadores. Um destaque para a primeira-dama do país, Michele Bolsonaro, e um de seus filhos, o vereador no Rio, Carlos; além do candidato a vice na chapa de Lula, Geraldo Alckimin. Segundo a Comunicação do TSE, 45 representantes internacionais também se fizeram presentes na solenidade de ontem.

 

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