sábado, 18 de outubro de 2025
Reprodução
Um homem de 58 anos descobriu um câncer no fígado que havia recebido em transplante realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em São Paulo. Exames apontaram que o tumor teve origem no órgão doado — uma ocorrência reconhecida pela literatura médica, mas considerada extremamente rara.
O paciente havia sido diagnosticado com hepatite C em 2010 e desenvolvido cirrose hepática, o que o levou à fila de transplantes. A cirurgia foi realizada em julho de 2023, e, sete meses depois, exames identificaram nódulos no órgão transplantado.
Uma biópsia confirmou tratar-se de um adenocarcinoma, e testes genéticos mostraram que as células cancerígenas pertenciam ao doador, não ao receptor. Após a descoberta, o paciente foi submetido a um novo transplante, mas o câncer já havia se espalhado para o pulmão. Atualmente, ele recebe cuidados paliativos.
Segundo médicos ouvidos pela imprensa, casos como esse são raríssimos, embora possíveis. Protocolos de triagem e exames rigorosos são realizados antes da doação, e o hospital responsável pelo órgão segue sob sigilo.
A família informou que outros receptores do mesmo doador estão sendo monitorados e que buscou esclarecimentos junto ao Ministério da Saúde e ao Ministério Público, mas ainda não obteve resposta.
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.