segunda-feira, 02 de junho de 2025

Justiça dos EUA aprova empréstimo emergencial de US$ 250 milhões para a Azul durante processo de recuperação judicial

POR Ana Carla Oliveira | 31/05/2025
Justiça dos EUA aprova empréstimo emergencial de US$ 250 milhões para a Azul durante processo de recuperação judicial

Foto: Reprodução Metrópoles

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A companhia aérea brasileira Azul deu um importante passo em seu processo de reestruturação financeira internacional. Na noite desta quinta-feira (29), a Corte de Falências de Nova York autorizou a empresa a obter um financiamento emergencial de US$ 250 milhões, como parte do pedido de recuperação judicial apresentado nos Estados Unidos sob o chamado “Capítulo 11”.

 

Esse tipo de processo, previsto na legislação norte-americana, permite que empresas em dificuldades financeiras reorganizem suas dívidas sem a paralisação completa de suas atividades. O Capítulo 11 é similar à recuperação judicial prevista pela legislação brasileira, e tem sido utilizado por diversas companhias globais para evitar falência enquanto buscam fôlego financeiro.

 

O financiamento aprovado pela corte é do tipo Debtor-in-Possession Financing (DIP), mecanismo amplamente utilizado em processos de reestruturação nos EUA. Esse tipo de empréstimo garante prioridade ao credor no recebimento de valores, mesmo diante de outras dívidas acumuladas, o que o torna um instrumento estratégico para empresas em crise que precisam continuar operando durante a reestruturação.

 

Com os US$ 250 milhões, a Azul ganha uma linha vital de crédito que deve assegurar a continuidade de suas operações no curto prazo, enquanto negocia com credores e tenta reorganizar seu modelo financeiro. A empresa havia solicitado a aprovação emergencial do DIP logo após protocolar o pedido de recuperação judicial, apontando a necessidade de liquidez imediata.

 

Apesar da liberação inicial, o financiamento ainda está sujeito à aprovação definitiva, em nova audiência marcada para o dia 9 de julho. Até lá, a Azul segue utilizando os recursos com supervisão judicial, respeitando os critérios do tribunal norte-americano.

 

O caso da Azul é mais um capítulo no cenário desafiador enfrentado pelo setor aéreo, que ainda lida com os impactos financeiros prolongados da pandemia, variações cambiais e aumento nos custos operacionais.

 

*Com informações Metrópoles

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