sábado, 25 de outubro de 2025
Foto: divulgação/ PC
A Justiça determinou a reabertura do inquérito que investiga a morte de Lázaro Barbosa, o criminoso que ficou conhecido nacionalmente pela série de assassinatos cometidos em Goiás e no Distrito Federal. Ele foi morto pela Polícia Militar (PM) em junho de 2021, após 20 dias de buscas intensas.
De acordo com informações divulgadas pelo portal Metrópoles nesta sexta-feira (24), o Ministério Público de Goiás (MPGO) identificou falhas no material que investigava a conduta dos policiais envolvidos na captura. Segundo o veículo, a Corregedoria da PM havia concluído que os agentes agiram em legítima defesa, mas o procedimento encaminhado à Polícia Civil e ao MPGO apresentaria “vícios de investigação”.
Fontes ouvidas pelo portal relataram que o Ministério Público apontou ausência de diligências básicas, como a falta de oitiva de testemunhas e dos próprios policiais, além da ausência de perícias essenciais — entre elas, o laudo cadavérico e o registro detalhado do local da morte. A decisão judicial que determina a reabertura do caso está sob segredo de Justiça.
As novas diligências devem incluir depoimentos de policiais e familiares de Lázaro, além da análise de imagens de câmeras de segurança da região onde ocorreu a captura. A investigação ficará sob responsabilidade da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DEIH), e um novo parecer deve ser concluído em até 80 dias.
As assessorias da Polícia Militar e da Polícia Civil foram procuradas para comentar a decisão, mas ainda não se manifestaram.
Relembre o caso
Lázaro Barbosa foi morto em 28 de junho de 2021, em Águas Lindas de Goiás, após ser localizado por equipes da PMGO e da PMDF. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele teria atirado contra os policiais e acabou baleado no revide. O criminoso chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
A caçada por Lázaro mobilizou cerca de 270 agentes das forças de segurança de Goiás e do Distrito Federal, helicópteros e cães farejadores. Ele ficou conhecido após assassinar quatro pessoas de uma mesma família, em Ceilândia (DF), e cometer outros crimes durante a fuga, incluindo sequestros e invasões de propriedades rurais.
O caso ganhou repercussão nacional e expôs falhas na estrutura de segurança e investigação do país, levantando debates sobre a atuação policial e a cobertura midiática do episódio.
Com informações de Mais Goiás.
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