sexta-feira, 04 de julho de 2025
Foto: Reprodução Band
Um episódio inusitado e constrangedor ocorrido ao vivo durante a cobertura do desaparecimento das adolescentes Layla, de 16 anos, e Sofia, de 13, na cidade de Alumínio, interior de São Paulo, tomou conta das redes sociais e ganhou destaque na imprensa nacional. A tensão entre os jornalistas Lucas Martins, da Band, e Grace Abdou, da Record TV, virou um dos assuntos mais comentados da semana após um desentendimento que terminou em empurrão em plena transmissão ao vivo.
Tudo aconteceu quando Lucas Martins se aproximou dos familiares das adolescentes, que já conversavam com Grace, e tentou tomar a frente da entrevista. Ao ser impedido pela repórter, ele reagiu com um empurrão e exclamou: “Dá licença, tá louca?”. A jornalista, surpresa, questionou: “Você tá ao vivo, Lucas?”. Ele confirmou e justificou a atitude dizendo: “Porque você tá entrando na minha frente propositalmente e não é a primeira vez que isso acontece”.
A transmissão foi imediatamente cortada pela Band, que retornou ao estúdio com o apresentador Joel Datena. As imagens, no entanto, já haviam sido captadas e rapidamente viralizaram nas redes sociais, provocando um debate acalorado sobre ética profissional, rivalidade entre emissoras e respeito no ambiente de trabalho, especialmente em relação às mulheres jornalistas.
Diante da repercussão negativa, a Band divulgou uma nota oficial condenando a atitude do repórter, afirmando que “a empresa não compactua com o episódio” e que Lucas Martins foi advertido internamente. A emissora ressaltou ainda que ele possui uma longa trajetória profissional sem registros de condutas semelhantes e que já havia se retratado publicamente.
A Record, por sua vez, foi mais incisiva. Em nota, declarou que “condena veementemente a agressão” e anunciou que um boletim de ocorrência foi registrado, informando que tomará as medidas judiciais cabíveis.
O próprio Lucas Martins fez um pedido público de desculpas durante o jornal “Brasil Urgente”, reconhecendo o erro: “Na disputa por espaço, eu tive uma atitude inaceitável. Não há motivo que justifique isso […] Estou profundamente arrependido”.
O caso reacende discussões sobre o comportamento de profissionais da imprensa em campo e os limites da cobertura jornalística, principalmente em situações sensíveis como o desaparecimento de menores. Também reforça a importância do respeito mútuo entre colegas de profissão e do combate à violência — física ou simbólica — contra mulheres no ambiente de trabalho.
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