quarta-feira, 02 de abril de 2025
Foto: CNN
Motoristas de aplicativos de entrega iniciaram uma paralisação nacional nesta segunda (31) e terça-feira (1). A mobilização, conhecida como “Breque dos APPs”, é liderada por trabalhadores em São Paulo, com apoio dos movimentos VAT-SP e Minha Sampa, e ocorre em todo o país.
Os entregadores reivindicam melhorias como pagamento mínimo de R$10 por entrega, R$2,50 por quilômetro rodado, limite de 3 km para entregas feitas por bicicleta e o fim do agrupamento de pedidos sem remuneração proporcional.
Durante os protestos, os trabalhadores denunciaram a precarização do trabalho nas plataformas digitais. Faixas e cartazes chamaram atenção ao modelo de remuneração, com muitos definindo a situação como uma “escravidão moderna”.
Em São Paulo, centenas de motociclistas e carros de som tomaram o centro da cidade em carreata, que deve terminar na sede de uma das empresas mencionadas nas queixas.
Edgar, moto frentista há 24 anos, relatou à CNN os desafios enfrentados pela categoria. Segundo ele, os custos com combustível, manutenção e equipamentos aumentaram, mas os repasses das empresas não acompanharam essa alta. “A gente coloca nosso patrimônio à disposição da empresa e os valores continuam os mesmos”, disse.
O movimento também destaca a importância dos entregadores, especialmente após o crescimento da profissão durante a pandemia. “Na pandemia, éramos tratados como heróis. Hoje, somos esquecidos”, afirmou Edgar, uma das lideranças da greve.
Os organizadores reforçam que as reivindicações são antigas e já conhecidas pelas plataformas, que, segundo eles, seguem sem atender às demandas. “Não dá mais para arcar com os custos do nosso próprio bolso”, concluem.
Com informações de CNN Brasil.
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