sábado, 18 de janeiro de 2025

Controle de umidade e índice de micronaire: os segredos para fios de algodão de alta qualidade

POR Cairo Tobias | 16/01/2025

Tecnologia e precisão garantem resistência, uniformidade e desempenho superior

Controle de umidade e índice de micronaire: os segredos para fios de algodão de alta qualidade

Foto: Reprodução

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A qualidade de um fio de algodão vai muito além da aparência. No coração desse processo estão dois fatores essenciais: a umidade controlada, chamada de regain, e o índice de micronaire, uma medida que avalia a combinação de finura e maturidade das fibras de algodão, determinando a resistência, uniformidade e acabamento dos fios. 

 

Controle de umidade: regain de 8,5%

 

O algodão, por sua higroscopicidade, tem a capacidade de absorver e perder água durante todo o processo produtivo e, ao final, a perda de água pode impactar na qualidade do material produzido. “Quando recebemos a matéria-prima, realizamos testes para verificar o percentual de umidade das fibras” explica a especialista, Laís Bergo Amaral. 

 

Durante a fiação, o algodão naturalmente perde essa umidade devido à limpeza e transformação. Para restaurar o regain padrão, há um processo de vaporização no final da produção, garantindo que os fios recuperem grande parte da água perdida durante o processo de fiação.

 

Esse controle de regain no fio resulta em fios mais resistentes, reduzindo rupturas durante a produção de malhas e tecidos. Laís destaca que, com esse processo, o benefício direto para malharias e tecelagens é um maior desempenho das máquinas. “E, consequentemente, mais produtividade e qualidade final”, diz. 

 

Índice de Micronaire: finura e maturidade em equilíbrio

 

Outro aspecto crítico na qualidade dos fios de algodão é o índice de micronaire, que mede a finura e maturidade das fibras. Esse parâmetro impacta diretamente a aparência, durabilidade e acabamento do tecido. Isso porque, o micronaire baixo (3,6), pode provocar irregularidades, como formação de bolinhas (pilling) e fragilidade da fibra. Já muito alto, acima de 4,5, tende a gerar fibras mais grossas, que podem dificultar o tingimento e comprometer a aparência uniforme do tecido.

 

O ideal é que o micronaire fique entre 3,8 e 4,5, gerando fibras equilibradas, que proporcionam uniformidade de textura, cores mais vivas e toque agradável. 

 

A seleção rigorosa da matéria-prima e o monitoramento do índice de micronaire asseguram fios que equilibram resistência e flexibilidade, produzindo malhas e tecidos com alto valor agregado. “Garantir a combinação do regain adequado com o micronaire ideal é essencial para oferecer produtos que atendam às demandas da indústria têxtil e superem as expectativas do consumidor final”, destaca Lais.

 

Fios com umidade controlada e índice de micronaire ideal resultam em tecidos uniformes, duráveis e com acabamentos impecáveis, essenciais para peças de vestuário, cama, mesa e banho que prezam pela estética, resistência e conforto.

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