sábado, 18 de janeiro de 2025
Imagem: reprodução/gov
O Brasil ainda enfrenta desafios para recuperar os impactos da pandemia na educação. Segundo o estudo "Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil – 2017 a 2023", divulgado pelo Unicef, o acesso à educação, que vinha em melhora até 2019, sofreu retrocessos significativos durante a pandemia e ainda não voltou aos níveis pré-crise.
Em 2019, 7,1% das crianças e adolescentes até 17 anos enfrentavam privações educacionais. Esse índice subiu para 8,8% em 2021 e recuou para 7,7% em 2023. Ainda assim, quatro milhões de jovens estão atrasados nos estudos ou não foram alfabetizados na idade certa.
A alfabetização foi particularmente afetada: cerca de 30% das crianças de 8 anos não sabiam ler ou escrever em 2023, comparado a 14% em 2019. A situação é mais grave entre crianças de áreas rurais, onde a taxa de analfabetismo alcançou 45%, e entre aquelas de famílias mais pobres, cuja taxa chegou a 30%, contra 5,9% entre os mais ricos.
Para enfrentar o problema, o governo lançou em 2023 o programa Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que já mostrou avanços, com a taxa de analfabetismo entre crianças de 8 anos caindo de 29,9% em 2022 para 23,3% em 2024.
O Unicef alerta para a necessidade de políticas públicas integradas e contínuas para reverter os danos da pandemia e garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 7 anos, conforme prevê a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Com informações Agência Brasil
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.