domingo, 16 de novembro de 2025

Economia

Trump recua e Casa Branca isenta produtos agrícolas de tarifas recíprocas

POR Marcos Paulo dos Santos | 15/11/2025
Trump recua e Casa Branca isenta produtos agrícolas de tarifas recíprocas

Foto: Agência Brasil

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A Casa Branca anunciou nesta sexta-feira (14) um decreto do presidente Donald Trump que retira uma série de produtos agrícolas da lista de tarifas recíprocas, em vigor desde abril. A medida busca aliviar a pressão dos preços dos alimentos nos Estados Unidos.

 

Segundo a nota oficial, deixam de estar sujeitos às tarifas itens como café e chá, frutas tropicais e sucos, cacau, especiarias, bananas, laranjas, tomates, carne bovina e alguns tipos de fertilizantes — parte deles nunca havia sido tarifada.

 

A decisão marca uma mudança significativa de postura do governo norte-americano. Apesar de Trump insistir que as tarifas não influenciam na inflação, o recuo ocorre após derrotas eleitorais recentes de seu partido em estados como Virgínia, Nova Jersey e Nova York, onde o custo de vida foi tema central das campanhas.

 

As isenções passam a valer retroativamente à meia-noite de quinta-feira. O decreto também altera o escopo das tarifas anunciadas em 2 de abril de 2025, quando Trump impôs taxas globais sobre produtos importados, incluindo 10% para o Brasil, 20% para a União Europeia, 34% para a China e 46% para o Vietnã. Ainda não há definição de quanto será a redução efetiva das tarifas.

 

Brasil pode ser favorecido

 

O governo brasileiro informou que ainda analisa a nova Ordem Executiva. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços avalia se a medida trará impacto direto às exportações nacionais.

 

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) destacou que está em contato com representantes americanos para entender se a isenção vale apenas para a tarifa base de 10%, para o adicional de 40% ou para ambas.

 

Já a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou o anúncio, classificando-o como um passo positivo na relação bilateral. Para a entidade, a decisão reforça a confiança no diálogo técnico e reconhece a qualidade e a regularidade da carne bovina brasileira no mercado mundial.

 

 

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