A Casa Branca anunciou nesta terça-feira (16) que as importações chinesas enfrentam agora tarifas que podem chegar a 245% ao entrarem nos Estados Unidos. O valor inclui diferentes camadas de taxação, como uma tarifa recíproca de 125%, uma taxa adicional de 20% ligada à crise do fentanil e outras tarifas específicas da Seção 301, que variam entre 7,5% e 100%.

A Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA é um instrumento usado para combater práticas consideradas desleais por parte de outros países. Por exemplo, desde 2024, veículos elétricos produzidos na China já estão sujeitos a uma tarifa de 100% determinada pelo então presidente Joe Biden. Com o acúmulo das tarifas recentes, esses veículos agora podem ser taxados em até 245% ao entrarem no território norte-americano.

O comunicado não especifica se novos produtos foram incluídos na lista de restrições tarifárias.

Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, reforçou a posição do país e afirmou que qualquer dúvida sobre a nova tarifa deve ser direcionada ao governo dos EUA.

Tensão crescente entre as potências

A guerra comercial entre China e Estados Unidos voltou a se intensificar neste mês. O ex-presidente Donald Trump impôs tarifas de 10% sobre mais de 180 países e aumentou para até 50% as taxas sobre nações com grandes déficits comerciais com os EUA. A medida levou mais de 75 países a buscarem negociação, o que fez Trump suspender temporariamente as tarifas individuais, mantendo apenas as tarifas gerais por um período de 90 dias.

A China, por sua vez, optou por não negociar e adotou medidas de retaliação, passando a aplicar uma tarifa de 125% sobre produtos americanos no último fim de semana.

Com informações de SBT News.