quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Divulgação/Salão de Humor/Reprodução/Fantástico
Um homem que foi indiciado pelo assassinato de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, conhecido como Cadu, morreu em confronto com a Polícia Militar na quarta-feira (3), em Goiânia. Cadu foi condenado pela morte do cartunista Glauco Villas Boas e do filho dele, Raoni, em 2010.
Adriano Silva Guimarães, de 46 anos, estava em regime semiaberto desde 2021 cumprindo uma pena de mais de 50 anos por roubos em Goiás e Minas Gerais. Segundo a polícia, ele tinha um mandado de prisão em aberto da Justiça mineira por roubo e tentou fugir de uma abordagem da polícia na capital goiana. Ao tentar escapar, chegou a atirar contra os militares, que revidaram.
Adriano Silva foi indiciado pela Polícia Civil em 2016 pela morte de Cadu. De acordo com as investigações, ele teria observado a rotina de Carlos Eduardo na cadeia e também a vigilância dos agentes. Com essas informações, orientou e incentivou outro detento a matar Cadu com uma arma artesanal.
Histórico
Cadu foi preso em 2010 ao tentar furar um bloqueio da Ponte da Amizade, fronteira entre o Brasil e o Paraguai, dois dias depois de ter matado o cartunista Glauco e o filho dele. O crime aconteceu em 12 de março, no sítio onde a vítima morava, em Osasco (SP). Ele invadiu a propriedade e atirou contra as vítimas.
O acusado frequentava a Igreja Céu de Maria, fundada por Glauco, que seguia a doutrina religiosa do Santo Daime. No dia do crime, Cadu estaria sob efeito de maconha e haxixe.
Cadu também foi acusado de três tentativas de homicídio contra agentes federais, roubo, porte de arma com numeração raspada e tortura. Após ser preso em Foz do Iguaçu, ele acabou indo para o Complexo Médico-Penal do Paraná e, depois, transferido para Goiânia, onde ficou internado em uma clínica psquiátrica e teve alta em 2013.
Mesmo após cometer o duplo homicídio contra o cartunista Glauco e o filho dele, Cadu ficou em liberdade após receber alta porque possui esquizofrenia e a Justiça o considerou inimputável, ou seja, incapaz de perceber a gravidade de seus atos. A doença mental não tem cura, mas tem controle, desde que seja tratada.
Latrocínios em Goiânia
Cerca de um ano depois de ter alta da clínica psiquiátrica, Cadu foi preso suspeito de cometer dois latrocínios em Goiânia. Ele foi flagrado em um carro roubado.
Em 26 de agosto de 2015, Cadu foi condenado a 61 anos de prisão em regime fechado pelos dois latrocínios cometidos em Goiânia. A pena também está relacionada aos crimes de receptação e porte de arma de fogo, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Goiás informou na época.