quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Cerca de 35 mil motoristas de carro e 3,5 mil motoristas de moto de aplicativos de corridas atuam no estado, cerca de 70% desse número aderiram à paralização nacional que está acontecendo hoje, para exigir melhores condições de trabalho. Muitos profissionais acreditam que a regulamentação defendida pelo presidente Lula será positiva. Motoristas em Rio Verde aderiram também à paralização.
“Queremos melhor preço das corridas mínimas. É o mesmo há seis anos, não teve reajuste”, afirma o representante dos profissionais por app de Goiás, Miguel Veloso. Na prática, o combo de reclamações inclui ainda redução da comissão cobrada pelas plataformas e garantia dos seguros de vida e de saúde.
O pagamento é feito conforme a distância do local de entrega. O valor mínimo pago chega a ser inferior a R$ 3,50, o que obriga o motorista a trabalhar até 16 horas por dia para garantir uma remuneração razoável. Além disso, o valor é considerável inviável para arcar com custos fixos, como a manutenção do veículo.
A conta fica ainda mais complicada ao considerar o aumento da concorrência de plataformas com o serviço e a oferta de motoristas na profissão. A Federação dos Motoristas por Aplicativo do Brasil (Fembrapp) propõe repasse mínimo de R$ 10 por corrida e de R$ 2 por quilômetro rodado.
Nesta semana, o presidente Lula criou um grupo de trabalho para discutir a regulamentação trabalhista das “atividades de prestação de serviços, transporte de bens, transporte de pessoas e outras atividades executadas por intermédio de plataformas tecnológicas” e “atos normativos necessários à implementação das atividades”, consta no decreto publicado em Edição Extra do Diário Oficial da União.