segunda-feira, 08 de julho de 2024

Coluna Bento Junior: CATIRA, UMA TRADIÇÃO SECULAR

POR | 05/10/2023
Coluna Bento Junior: CATIRA, UMA TRADIÇÃO SECULAR

Foto: Divulgação/Redes Sociais

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A catira é uma dança bem brasileira: reúne traços europeus, indígenas e africanos. Apesar de existir desde a época da colonização do país, das bandeiras e etc, foi com as viagens dos tropeiros mais adiante que ela se popularizou ainda mais.

 

Típica das regiões mais envolvidas com a criação de gado, historicamente, é mais forte nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, do que nos demais componentes das três regiões que compõe o centro-sul brasileiro. Via de regra, um par de violeiros puxa a harmonia musical, enquanto os pares de catireiros, sob a orientação do marcador, sapateiam e puxam as palmas.

 

Em Rio Verde, se fôssemos contar toda a história detalhada dos grupos de catira iríamos longe, mas para exemplificar o por que chamamos de tradição, tentarei resumir a história do Grupo de Catira Viana. Formado em meados da década de 70 pelos irmãos Celso, Joaquim e Pedro Viana (daí a origem do nome), o grupo teve várias formações, e veio atravessando gerações, enquanto formava novos catireiros à medida que os veteranos deixavam de se apresentar, ou faleciam.

 

Os irmãos Viana já nos deixaram, mas o legado deles permanece, em um grupo que ainda se mantém em família, como o casal Veldeni (conhecido como Coquinha Mecânico) e Wilia Furtado, os primos (e mais veteranos da turma) Divino e Corivaldo Borges, e Elis Bento e seu filho Pedro Bento.

 

A conquista mais recente da Catira, foi de ser integrada à Secretaria Municipal de Cultura, “A Catira tem que continuar sobrevivendo, por que ela está nas raízes do nosso povo, o povo goiano é muito apegado à Catira. Muita gente não sabe, nem conhece a Catira, então ela fazendo parte agora da Secretaria de Cultura, nós vamos levar até os jovens, às crianças, a beleza dessa dança. Não pode um povo viver sem cultura e sem conhecer as suas raízes. Um povo só enriquece, se torna mais forte, quando enriquece culturalmente. A cultura é a riqueza de um povo, por isso temos que espalhar a arte”, comenta o secretário de Cultura Isaac Pires. Com a chegada do grupo de catira à secretaria, a intenção é inserir dentro do projeto Caravana da Cultura, que leva apresentações artístico-culturais aos bairros da cidade.

 

Resta agora à população aproveitar, e se deleitar com as apresentações dos catireiros de nossa cidade. E você, já conhecia a Catira? Conte pra gente!

 

 

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.

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