quinta-feira, 26 de junho de 2025

Brasil está entre os quatro países que mais avançaram no combate ao uso do tabaco, aponta OMS

POR Marcos Paulo dos Santos | 23/06/2025
Brasil está entre os quatro países que mais avançaram no combate ao uso do tabaco, aponta OMS

Foto: Freepik

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O Brasil é um dos quatro países do mundo que conseguiram implementar integralmente o pacote de medidas da OMS (Organização Mundial da Saúde) para controle do tabagismo, lançado em 2007. A informação consta em relatório divulgado nesta segunda-feira (23), durante a Conferência Mundial sobre Controle do Tabaco, em Dublin, na Irlanda.

 

Além do Brasil, Turquia, Países Baixos e Maurício também adotaram as seis estratégias recomendadas: monitoramento do consumo e políticas preventivas; ambientes 100% livres de fumo; apoio para quem deseja parar de fumar; alertas sobre os riscos nas embalagens e campanhas de mídia; proibição total de propaganda e patrocínio de produtos de tabaco; e aumento de impostos sobre os cigarros.

 

Segundo a OMS, o número de países que adotaram ao menos uma dessas medidas saltou de 44 em 2007 para 155 em 2024. Isso representa uma cobertura populacional de 6,1 bilhões de pessoas, frente a 1 bilhão há 18 anos. No entanto, 40 países ainda não aplicam nenhuma das ações recomendadas.

 

O relatório também alerta para o avanço dos cigarros eletrônicos e produtos de tabaco aquecido, que têm atraído cada vez mais jovens. Hoje, 133 países já regulam ou proíbem esses dispositivos, mas 62 ainda não adotaram nenhuma medida. A OMS defende que as advertências de saúde dos cigarros tradicionais também sejam aplicadas aos vapes, tabaco aquecido e bolsas de nicotina.

 

Apesar dos avanços, o documento aponta lacunas importantes: apenas um terço da população mundial vive em países com ambientes livres de fumo, e 134 países ainda não aumentaram os impostos sobre produtos de tabaco, como recomenda a OMS.

 

Durante a conferência, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, reforçou a necessidade de união entre ciência, política e vontade dos governos para eliminar os danos do tabaco. Já o diretor de promoção da saúde da entidade, Ruediger Krech, afirmou que, diante do cenário atual, os países devem escolher entre proibir ou regulamentar fortemente os novos produtos à base de nicotina.

 

A conferência também premiou iniciativas bem-sucedidas de seis países — Índia, Maurício, México, Montenegro, Filipinas e Ucrânia — que se destacaram no combate ao tabagismo, por meio de políticas públicas e ações de ONGs. Um novo fundo internacional de US$ 20 milhões foi anunciado para acelerar o controle do tabaco em regiões onde o progresso está estagnado.

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