A escolha de Rodri como melhor jogador do mundo pela Bola de Ouro foi amplamente questionada por torcedores e pela imprensa (exceto a espanhola) no Brasil e em diversos países. A não-premiação de Vinicius Junior pelo Bola de Ouro levanta questões que vão além das respostas dadas na cerimônia desta terça-feira (28).

Em agosto, a revista Placar buscou a opinião de jornalistas de diversos países em uma simulação para descobrir quem levaria o prêmio. O resultado, divulgado na edição de agosto, mostrou a preferência de 60 profissionais de 21 países, indicando que Vini Jr. já havia deixado de ser o favorito ao prêmio naquele momento. Os motivos? O desempenho na Copa América e um comportamento considerado inadequado em campo.

Com a capa ilustrada pelo atacante do Real Madrid segurando o troféu e o título “Bola de Ouro Ameaçada”, Placar contabilizou os votos atribuindo seis pontos ao primeiro colocado, quatro ao segundo e três ao terceiro. Rodri (Manchester City) foi eleito com 217 pontos, superando os 205 de Vini Jr. e os 156 de Jude Bellingham (Real Madrid).

O comportamento de Vini Jr. em campo, longe de ser provocativo, é uma resposta ao clima de hostilidade e perseguição que se instalou nas arquibancadas de rivais, um cenário muitas vezes criminoso.

Embora eu questione esse último ponto, concordo que o fraco desempenho da Seleção Brasileira na Copa América de 2024 pesou consideravelmente na pontuação de Vini. No entanto, interpretar a atitude defensiva do jogador como falta de "fair play" revela, por parte da imprensa especializada, uma visão limitada sobre o que Vinicius Júnior enfrenta. Como disse o próprio atacante após a cerimônia: “Eles não estão preparados”.

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.