sexta-feira, 04 de julho de 2025

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UM PASSO DECISIVO NA PROTEÇÃO DOS VULNERÁVEIS

POR Cairo Santos | 04/07/2025
UM PASSO DECISIVO NA PROTEÇÃO DOS VULNERÁVEIS

Foto: Pixabay

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Foi publicada nesta sexta-feira (4) no Diário Oficial da União a Lei, que endurece penas para crimes de maus-tratos e abandono envolvendo pessoas em situação de vulnerabilidade. A norma modifica o Código Penal e os estatutos da Criança e do Adolescente, da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência.

 

A principal atualização é o aumento da pena máxima para casos que resultem em lesão grave ou morte. O abandono que cause morte, por exemplo, pode levar à reclusão por até 14 anos. A nova lei também proíbe a aplicação de penas alternativas, previstas na Lei dos Juizados Especiais, em crimes cometidos contra idosos, pessoas com deficiência e crianças.

 

Em um país onde a desigualdade social e a violência são realidades alarmantes, essa legislação surge como um farol de esperança para milhões que, diariamente, enfrentam situações de abandono e abusos. A lei, que já era aguardada com ansiedade por defensores dos direitos humanos e organizações sociais, reconhece a gravidade dos atos de negligência e violência contra aqueles que mais precisam de cuidado e proteção. Ao aumentar as penas para crimes como abandono de incapaz e maus-tratos, o legislador não apenas endureceu a resposta penal, mas também enviou uma mensagem clara de que a sociedade não tolerará mais a impunidade em relação a essas práticas inaceitáveis.

 

É fundamental compreender que maus-tratos e abandono não se limitam apenas a ações físicas, mas também abrangem negligência emocional e psicológica. Muitas vezes, pessoas em situação de vulnerabilidade, como crianças, idosos e pessoas com deficiência, são vítimas silenciosas de abusos que marcam suas vidas para sempre. A nova legislação, ao contemplar essas nuances, demonstra um avanço significativo na forma como o Estado e a sociedade encara a proteção dos direitos humanos. Além disso, essa lei deve funcionar como um incentivo para que a sociedade civil se mobilize e denuncie abusos.

 

A conscientização sobre a importância da denúncia e da proteção dos vulneráveis é crucial para garantir que a nova legislação cumpra seu papel de forma efetiva. É responsabilidade de todos nós, como cidadãos, estarmos atentos e prontos para agir em prol daqueles que não têm voz. Entretanto, não podemos nos esquecer de que a aprovação da lei é apenas o primeiro passo. É imprescindível que, paralelamente, haja investimentos em políticas públicas que promovam a inclusão, a educação e o acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade. Somente com uma abordagem integrada, que una a rigidez da punição com a promoção de direitos e oportunidades, poderemos efetivamente transformar a realidade daqueles que mais sofrem. A nova lei que agrava penas para abandono e maus-tratos é uma conquista que deve ser celebrada, mas também serve como um convite à reflexão sobre o tema. A Lei já esta em vigor.

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