quarta-feira, 03 de julho de 2024

"SE FOSSE UM ITALIANO BRANCO, SERIA DIFERENTE" DIZ ROBINHO SOBRE CONDENAÇÃO NA ITÁLIA

POR Marcos Paulo dos Santos | 18/03/2024

Foto: TV Record

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Em um caso que se arrasta há 11 anos, Robinho, pela primeira vez, falou sobre a sua condenação pela Justiça italiana a oito anos de prisão pelo crime de estupro coletivo de uma mulher de origem albanesa em Milão, na Itália.

 

 

Ele espera que a ‘justiça’ dele seja feita aqui no Brasil com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) se o atleta deve ou não cumprir sua pena por aqui.

 

 

Na entrevista dada ao Domingo Espetacular da TV Record, ele aponta que tem provas “gritantes” que, segundo ele, foram ignoradas pelo tribunal europeu. Em sua versão dada a apresentadora Carolina Ferraz, aponta que “nunca” foi cometeu infidelidade contra a esposa, mas, ao mesmo tempo, afirma que cometia erros “como ser qualquer ser humano”. Tudo isso em uma única frase dita neste domingo (17), à televisão.

 

 

Solto por aí, Robinho admite ter tido uma relação rápida com a vítima na noite do crime, mas aponta que o exame de DNA feito pelas investigações não encontraram vestígio genético dele.

 

 

Mas no caso dos áudios do processo, que ele parece jogar a culpa do seu tom de deboche nas pessoas em que ele conversava enquanto era gravado e aponta que a fala foi tirada do contexto.

 

 

Robinho também aponta que nenhum dos seus amigos envolvidos no estupro coletivo não foram chamados ou julgados. Mentira. Junto com ele, Ricardo Falco também foi condenado a nove anos de prisão, porém assim como ele, o amigo foi para o Brasil quando foram condenados. Outros quatro amigos dele foram embora bem antes da Itália, quando foram convocados para uma audiência preliminar.

 

 

Por fim, ele afirma que foi vítima de racismo por parte de ter sido só ele, o condenado nesta história. “Com certeza, se o meu julgamento fosse para um italiano branco, seria diferente. Sem dúvidas. Com a quantidade provas que eu tenho, não seria condenado".

 

 

Pela ótica de Robinho, ele e os cinco amigos foram vítimas de preconceito (ou só ele que foi?). Mas não foi por isso. O atacante tem vantagem por ser privilegiado financeiramente e ser um homem. Disso, ninguém além dele tira esses atributos. Mas e o restante da vida profissional, reputação e o carinho do público que ele tinha? Isso, ele não terá mais de volta.

 

 

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.

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