quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Imagem: reprodução/redes sociais
No primeiro dia de seu segundo mandato, Donald Trump anunciou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris. O decreto foi assinado durante sua posse e reverte a decisão de Joe Biden, que havia reintegrado o país ao tratado em 2021.
Trump criticou o acordo, afirmando que ele prejudica a economia americana enquanto beneficia outros países. Com a nova decisão, os EUA passam a integrar um grupo restrito de nações fora do pacto climático, ao lado de Irã, Líbia e Iêmen. A saída ainda depende da confirmação da ONU.
A decisão do presidente norte-americano pode desencadear um efeito dominó, desmotivando outras nações a permanecerem no acordo ou a cumprirem suas metas climáticas. Esse impacto pode ser particularmente relevante para países que enfrentam desafios econômicos e dependem de liderança internacional para avançar nas políticas climáticas.
Nas conferências do clima (COPs), a ausência dos Estados Unidos — um ator de peso na geopolítica global — pode dificultar negociações e enfraquecer a capacidade de os países chegarem a consensos em decisões coletivas sobre o clima.
Além disso, Trump anunciou planos para investir em combustíveis fósseis, expandir a produção de petróleo e gás, revogar políticas relacionadas a veículos elétricos e barrar projetos de energia eólica. Essa postura pode desincentivar investimentos em tecnologias limpas, prejudicando o mercado global de energia renovável.
Essas mudanças ameaçam comprometer não apenas os esforços globais no combate às mudanças climáticas, mas também a capacidade de adaptação de países mais vulneráveis aos impactos crescentes do aquecimento global.
Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos