domingo, 09 de março de 2025
Foto: Reprodução / Redes Sociais
Nem o talento, nem o sucesso profissional blindam alguém do racismo. Luighi, jovem atleta do Palmeiras de 18 anos, viveu essa triste realidade de forma dolorosa durante a vitória do time paulista sobre o Cerro Porteño, pela Conmebol Libertadores Sub-20, nesta quinta-feira (6). Além dele, Figueiredo também foi vítima de ataques racistas.
Câmeras de TV flagraram um torcedor imitando um macaco em direção a Figueiredo. Logo depois, Luighi foi alvo de uma cusparada enquanto torcedores faziam gestos racistas.
Na saída de campo, abalado, o jogador desabafou e chorou ao falar sobre o ocorrido.
"O racismo que fizeram comigo... é sério? Até quando a gente vai passar por isso? O que fizeram comigo foi um crime. Você (entrevistador) vai perguntar sobre o jogo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? CBF? Não vai perguntar sobre isso? Não ia, né? O que fizeram foi um crime. Aqui é formação, estamos aprendendo", declarou Luighi.
A Conmebol se manifestou nas redes sociais, condenando os ataques e prometendo medidas.
"A CONMEBOL rejeita categoricamente todo ato de racismo ou discriminação de qualquer tipo. Medidas disciplinares apropriadas serão implementadas, e outras ações estão sendo avaliadas em consulta com especialistas da área", publicou a entidade.
Apesar das declarações, a Conmebol tem um histórico de omissão diante de casos de racismo no futebol sul-americano, frequentemente limitando-se a notas de repúdio sem punições efetivas a clubes e torcedores.
Que Luighi receba apoio e que os responsáveis sejam punidos com rigor. Racismo é crime. Racistas não passarão!
Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.