sábado, 14 de dezembro de 2024
Imagem: freepik
É muito comum ouvirmos histórias de pessoas que confessam ter medo de voar de avião. Uma das mais famosas é do jogador Gerson, o canhotinha de ouro, convocado para a copa do mundo de 1970 no México e que por pouco não abriu mão da convocação por ter medo de voar. Jogadores, cantores e vários outros profissionais que precisam se deslocar constantemente e de maneira rápida não tem outra opção a não serem as aeronaves. Muitos já declararam que até terapia faz parte dos arranjos para vencer o medo.
O Brasil registrou cerca de 140 acidentes aéreos, com um total de 132 mortes, em 2024. Os dados foram divulgados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
Esses dados representam o maior número de mortes em acidentes aéreos nos últimos 10 anos. O aumento desse tipo de acidente no país acendeu um alerta entre autoridades e especialistas do setor de aviação.
O especialista em aeronáutica Silvio Buria afirma que, apesar de cada acidente ter causas específicas, o aumento expressivo dos incidentes requer uma investigação mais profunda das razões em comum.
Para o especialista, a falha de motor é um dos principais motivos para os acidentes registrados. Segundo dados, 42 acidentes aéreos foram causados por falhas de motor em 2024.
Falhas de motor podem resultar de diversos fatores, incluindo: manutenção inadequada ou insuficiente; desgaste natural dos componentes; defeitos de fabricação; operação inadequada da aeronave; a manutenção preventiva e inspeções regulares são essenciais para identificar e corrigir potenciais problemas antes que resultem em falhas catastróficas.
Apesar dos acidentes, vale ressaltar, que os aviões são um dos meios de transportes que menos tem acidentes no mundo. Especialistas destaca que novas medidas estão sendo implementadas para aprimorar a segurança e evitar futuros acidentes, como:
— Atualização de regulamentos: a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) revisa e atualiza constantemente as normas de segurança;
— Programas de treinamento: investimento em capacitação contínua de pilotos e equipes de manutenção;
— Tecnologia avançada: implementação de sistemas de monitoramento em tempo real e diagnósticos avançados;
— Fiscalização rigorosa: inspeções regulares e auditorias em empresas aéreas para garantir conformidade com os padrões de segurança.
Este ano, um avião caiu em Limeira, no interior de São Paulo. A fatalidade com a aeronave da Voepass causou a morte de 62 pessoas. O laudo preliminar indicou que o congelamento das asas contribuiu para a tragédia.
“É crucial que todas as partes envolvidas – autoridades reguladoras, companhias aéreas e profissionais da aviação – trabalhem em conjunto para identificar e mitigar riscos, garantindo a segurança de todos os passageiros e tripulantes”, garante especialista ouvido pela coluna.
Esse texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.