sábado, 23 de novembro de 2024
Foto: Divulgação
No Brasil as pesquisas eleitorais são muitas vezes usadas como verdadeiros cabos eleitorais podendo inclusive decidir eleição. Em ano de eleição, como o caso deste ano, 2024, quando a população volta às urnas para escolherem seus representantes municipais, prefeito e vereadores, o número de pesquisas eleitorais seja para consumo e avaliação interna de partidos e seus candidatos, assim como para divulgação para mostrar à população como anda o cenário político, são amplamente contratados por diversas empresas e partidos e realizadas por institutos variados.
No entanto, ainda levando em consideração o período eleitoral, essas pesquisas, em muitos casos, são fraudadas e se tornam armas nas mãos dos interessados em manipular a opinião pública, ludibriar o cenário eleitoral de determinada região e tentar convencer o eleitor a repensar ou até mesmo mudar o voto desacreditando concorrentes políticos.
Para tentar evitar influencia negativa de pesquisas fraudadas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem trabalhado e obrigado os institutos e as pesquisas realizadas estarem registradas no Sistema de Registro de Pesquisas Eleitoriais (PesqEle), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e ressalta que no caso de pesquisa fraudada os responsáveis podem pagar multa de mais de R$ 100 mil.
No momento do registro os institutos devem fornecer as seguintes informações:
Caso seja comprovada alguma irregularidade e perigo de dano, a Justiça Eleitoral poderá conceder liminar para suspender a divulgação dos resultados da pesquisa, podendo exigir esclarecimentos, sob pena de multa em caso de descumprimento. O TSE nunca registrou o numero de pesquisas como agora. Em 2012 de janeiro a abril foram 373, até então o maior índice da série histórica. Este ano foram 1.227 levantamentos, 4 vezes mais do que no último pleito para prefeito e vereador em 2020 quando houve 296 no mesmo período. Chama atenção também às pesquisas auto financiadas, aquelas pagas pelo próprio instituto que faz a sondagem. Em 2020 até abril foram 219. Este ano são 500. A diferença neste tipo de pesquisa é que a empresa responsável não precisa prestar contas da origem do dinheiro que financiou o trabalho. Se não existe almoço grátis, já dizia o filosofo, também não existe pesquisa grátis. Fica a dica.
Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.