quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Freepik
Pesquisas recentes mostram que uma enorme maioria de viciados em tabaco quer abandonar o vício, mas sozinhos acabam desistindo. O vício no tabaco é considerado pelas autoridades de saúde como um dos mais difíceis de ser abandonado, mas também é um dos mais prejudiciais à saúde humana.
Em julho de 2019, o Brasil se tornou o segundo país a implementar integralmente todas as medidas sugeridas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para diminuir o consumo de tabaco, como monitorar, proteger, oferecer ajuda, alertar e aumentar impostos. O resultado das políticas públicas foi visto na queda de fumantes na última década.
O tabaco ainda mata mais de 8 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, o consumo do tabaco e a exposição passiva são responsáveis por 156 mil mortes por ano. Eles também são responsáveis por cerca de 50 enfermidades, entre elas o câncer, doenças do aparelho respiratório e doenças cardiovasculares.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou em julho deste ano o primeiro conjunto de diretrizes contra o tabagismo. Entre as medidas estão o apoio comportamental fornecido por profissionais de saúde, intervenções digitais e tratamentos com uso de medicação.
Segundo a entidade, a diretriz se concentra em ajudar mais de 750 milhões de usuários de tabaco que querem parar de fumar. No entanto, 70% desse público não têm acesso a serviços eficazes para largar o vício.
A OMS recomenda que seja oferecido apoio comportamental a todos os consumidores de tabaco, com aconselhamento individual ou em grupo, além de aconselhamento por telefone. A organização também sugere que profissionais de saúde forneçam aconselhamentos breves, entre 30 segundos a três minutos por consulta, a todos os usuários.
Tratamentos medicamentosos também são indicados. A OMS recomenda vareniclina, bupropiona, citisina e terapia de reposição de nicotina (TRN), como goma de mascar, adesivos de nicotina.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para largar o tabaco. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), responsável pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo, o tratamento está disponível nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.
O tratamento no SUS inclui avaliação clínica, abordagem mínima ou intensiva, individual ou em grupo e, se necessário, terapia medicamentosa, como cloridrato de bupropiona e terapia de reposição de nicotina (adesivo transdérmico e goma de mascar).
Mensagens de texto, aplicativos para smartphones e programas baseados em inteligência artificial podem ser disponibilizados aos usuários de tabaco interessados em parar de fumar, como complemento de outro método de apoio ou como ferramenta de autocontrole. Largar o vício do cigarro precisa deixar de ser uma promessa de final de ano e passar a ser um cuidado essencial para a sua saúde, pense nisso.
Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.