quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Imagem: freepik
“Parem de falar mal do Brasil. Vamos para terapia antes de ir para o mundo. Recomendo isso porque é muito complexo negociar com brasileiros falando mal do seu próprio país”.
A declaração foi feita pela ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em um evento de Londres voltado para as mudanças climáticas e a preservação ambiental, na última terça-feira (29).
Neste ponto acredito que a fala da ex-ministra provoque reflexão sobre o quanto nós realmente conhecemos o Brasil em termos de preservação ambiental.
O código Florestal brasileiro pode ser comparado com as legislações ambientais do Canadá, Estados Unidos, França, Alemanha, China e Argentina e mesmo assim, se consolida como o mais rigoroso, principalmente em relação às áreas de vegetação nativa.
O nosso desafio agora é manter a preservação diante dos desafios climáticos, e neste ponto a ex-ministra afirma que o tema deixou de ser debatido em mesas isoladas e precisa, — urgentemente — envolver a sociedade em geral — isso inclui o setor privado — com planos estratégicos focados em desenvolvimento econômico e inovação.
Por possuir a legislação mais rigorosa do mundo sobre preservação ambiental, o Brasil tem gabarito para contribuir globalmente com as estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas, mas para que os planos se tornem efetivos, precisamos falar de igual para igual na mesa de negociação do mundo e isso só é possível se conhecermos a trajetória e as potencialidades do Brasil. Como disse a ex-ministra, devemos ir à terapia antes de ir para o mundo.
Esse texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.