quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: REUTERS/Chalinee Thirasupa
No mesmo dia em que o Brasil foi anunciado como o palco da próxima Copa do Mundo Feminina em 2027, houve também apelos diplomáticos para que a Fifa responda a pedidos de sanções contra clubes e a seleção de Israel.
Foi o que aconteceu nesta sexta-feira (17) no 74° Congresso da Fifa em Bangkok, na Tailândia. A entidade atendeu ao pedido e fará uma avaliação jurídica urgente da Associação Palestina de Futebol (PFA) acerca dos conflitos na Faixa de Gaza, iniciada no dia 7 de outubro após um ataque perpetrado pelo Hamas.
O presidente da federação palestina, Jibril Rajoub lembrou da suspensão da Rússia, há dois anos, devido à guerra da Ucrânia. Em um documento de sete páginas, a PFA denunciou que pelo menos 92 jogadores foram mortos em meados de março, destruição de todas as infraestruturas desportivas localizadas dentro de Gaza e da falta de luta contra a "discriminação e racismo" anti-palestiniano no futebol.
O documento, assim como a PFA tem o apoio das federações argelina, iraquiana, jordaniana, síria e iemenita, mas não possui o respaldo de outras entidades influentes, como a do Catar e Arábia Saudita, o que deve pesar na decisão que será debatido em julho, em uma reunião extraordinária do Conselho da Fifa.
Caso Israel sofra sanções, o resultado poderá trazer problemas diplomáticos e dores de cabeças fortes à Fifa devido ao apoio ainda maciço do Israel por parte de potências ocidentais, mas também, mostrar a força do apoio ao povo palestino. Do contrário, ficará explicito a seletividade da entidade em banir certos países que não tão queridos pelo ocidente.
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