sexta-feira, 09 de maio de 2025
Foto: Freepik
Nos dias de hoje, a internet se tornou uma parte central da vida dos adolescentes, oferecendo uma infinidade de oportunidades para aprender, socializar e se divertir. No entanto, com essa nova era digital, também surgem perigos que não podem ser ignorados, especialmente relacionados às modinhas e desafios que circulam nas redes sociais.
É comum ver adolescentes se envolvendo em tendências que vão desde danças virais até desafios que, à primeira vista, podem parecer inofensivos. Contudo, muitos desses desafios podem ser extremamente prejudiciais ou até perigosos, colocando a saúde física e mental dos jovens em risco. A pressão para se destacar ou se encaixar em um grupo muitas vezes leva os adolescentes a participarem de atividades de risco, ignorando as consequências que podem acarretar.
O absurdo mais recente esta sendo investigado pela Policia Civil do Distrito Federal envolvendo a morte da menina Sarah Raíssa Pereira de Castro, de 8 anos, no domingo. Raíssa estava internada desde quinta-feira no Hospital Regional de Ceilândia e teria participado do desafio do desodorante.
A menina foi encontrada em sua casa desmaiada com um frasco de aerossol na mão. A suspeita da polícia é que ela tenha inalado o produto estimulada pelo “desafio do desodorante”, um dos que são disseminados no TikTok.
Desafios como o "Blackout Challenge", que envolve prender a respiração até desmaiar, ou outras atividades que envolvem substâncias perigosas, mostram como a busca pela aceitação pode se transformar em uma armadilha. Esses comportamentos de risco não só colocam a saúde física dos jovens em perigo, mas também podem resultar em problemas legais, sociais e emocionais.
Além dos riscos físicos, a pressão das redes sociais pode exacerbar questões de saúde mental. O desejo de ser aceito e apreciado pode levar a sentimentos de inadequação e ansiedade, especialmente quando os adolescentes se comparam a um ideal muitas vezes inatingível promovido por influenciadores e personalidades da internet. O impacto da cultura do “vídeo viral” pode causar uma constante necessidade de validação, levando ao desenvolvimento de comportamentos autodestrutivos.
Portanto, é fundamental que pais, educadores e a comunidade em geral estejam atentos e envolvidos na vida digital dos jovens. Criar um espaço aberto para diálogo sobre o que eles veem e experimentam online é crucial. Incentivar a reflexão crítica sobre o conteúdo consumido e as modinhas promovidas nas redes é essencial para preservar a integridade e a segurança dos adolescentes.
A tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas é preciso lembrar que a responsabilidade também recai sobre aqueles que a utilizam. Promover uma cultura de segurança online, onde os jovens se sintam confortáveis para falar sobre pressões e riscos ajudarão a mitigar os perigos associados às modinhas e desafios da internet.
Em última análise, o papel de cada um de nós deve ser o de guiar e proteger as novas gerações, assegurando que a sua interação com o mundo digital seja não apenas divertida, mas também segura e construtiva. Que possamos trabalhar juntos para um ambiente virtual que incentive a criatividade, a empatia e, acima de tudo, a responsabilidade.
Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.