quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Imagem: Freepik
Nos últimos meses, plataformas como Instagram e TikTok foram inundadas por publicações promovendo a chamada “venda da íris do olho” como uma forma rápida de obter dinheiro. Aproximadamente 400 mil brasileiros já participaram desse projeto, atraídos pela promessa de um pagamento imediato em troca do escaneamento da íris. Mas o que parece um negócio simples pode ter consequências alarmantes.
Especialistas alertam que a coleta de dados biométricos representa riscos sérios para a privacidade e segurança das informações pessoais. Diferente de senhas ou documentos que podem ser alterados em caso de vazamento, os dados biométricos são permanentes. Uma vez comprometidos, não há como substituí-los, tornando os indivíduos vulneráveis a fraudes e usos indevidos.
Além disso, não está claro como essas informações serão armazenadas e utilizadas no futuro. Quem terá acesso a esses dados? Eles serão vendidos para terceiros? A falta de regulamentação específica sobre o tema no Brasil agrava a situação, deixando os participantes expostos a possíveis abusos.
A promessa de dinheiro rápido pode parecer tentadora, mas é essencial refletir sobre os impactos a longo prazo. O valor recebido hoje pode não compensar os riscos de ter informações sensíveis em mãos desconhecidas. Antes de ceder à proposta, é fundamental questionar: vale a pena trocar sua identidade única por um pagamento momentâneo?
Esse texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.