terça-feira, 03 de dezembro de 2024
Criando nos anos 1960 por californianos praticarem surfe na rua quando não havia ondas boas os suficientes no em dias de praia, o Skateboarding chegou ao Brasil em 1970 e a cidade de São Paulo foi o ponto de partida de uma prática que hoje inspira milhões de pessoas a copiar as manobras dos seus ídolos.
O começo do skate por aqui passou pela resistência. Logo depois que chegou ao país, para praticar, o jovem brasileiro precisava construir artesanalmente o skate porque não havia distribuição oficial de peças como shapes, trucks, rolamentos, entre outros. Havia também o agravante de não haver locais adequados como praças, por exemplo.
A adesão só foi maior, nos anos 80. Um local, que notavelmente era ponto de encontro dos skatistas, foi o Parque Ibirapuera. Até aí tudo bem, se não fosse uma ordem dada pelo então prefeito de São Paulo, Jânio Quadros (sim, aquele que abdicou da presidência do Brasil em 1961, jogando o país no caos).
Não demorou para que adeptos saíssem às ruas para protestar contra a proibição da prática do skate no parque. Houve até protestos em reação, porém, dias seguintes, a proibição se estendeu para a cidade inteira. Quem andasse de skate por aí teria o objeto apreendido pela Polícia Militar (PM).
Tudo mudou, quando em 1989, a então prefeita Luiza Erundina, revogou a proibição, cumprindo a promessa de campanha. O esporte voltou a ser livre na cidade. Porem o estigma de ato marginal ou mal visto pelas autoridades perdurou por anos, até meados dos anos 2000.
Rio Verde–GO chegou ter uma praça dedicada só para os amantes reproduzir as manobras que viam pela TV ou no videogame. Era localizado onde hoje é a Praça Central, na Rua Augusta Bastos.
Hoje, você pode comprar um skate em vários pontos de venda, como supermercados, shopping, lojas especializadas e pela internet e tentar manobras, andar pela rua, respeitando as leis de trânsito, é claro e quem sabe se tornar um profissional assim como Bob Burnquist, Sandro Dias, Leticia Bufoni, Rayssa Leal, entre tantos outros que foram contra o movimento natural da vida e hoje brilham com skate na mão.
Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.