terça-feira, 07 de outubro de 2025

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O SILÊNCIO QUE FERE: RACISMO E A INFÂNCIA BRASILEIRA

POR Cairo Santos | 07/10/2025
O SILÊNCIO QUE FERE: RACISMO E A INFÂNCIA BRASILEIRA

Foto: Freepik

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Em um país que se orgulha de sua diversidade, a realidade é alarmante: uma em cada seis crianças de até 6 anos já foi vítima de racismo no Brasil. As creches e pré-escolas são os locais  onde ocorreu a maior parte desses crimes. Esses números não são apenas estatísticas frias; são vidas marcadas por experiências dolorosas, que afetam o desenvolvimento emocional e social de nossos pequenos cidadãos. O racismo, um problema enraizado na sociedade brasileira, não é uma questão que afeta apenas os adultos. Esse fenômeno pernicioso se infiltra na infância, muitas vezes de forma sutil, mas sempre prejudicial. Crianças que enfrentam discriminação racial desde tenra idade podem carregar traumas que os acompanham por toda a vida, afetando sua autoestima e suas oportunidades futuras.

 

É fundamental que, como sociedade, nos mobilizemos para combater essa realidade. A educação desempenha um papel crucial nesse processo. Desde a primeira infância, é necessário promover a diversidade e a empatia, ensinando nossas crianças a respeitar e valorizar as diferenças. As escolas, as famílias e as comunidades devem se unir para criar um ambiente acolhedor, que proteja todos os pequenos, independentemente de sua cor ou origem. Além disso, é responsabilidade dos órgãos públicos e da sociedade civil implementar políticas eficazes de proteção e promoção da igualdade racial. Campanhas de conscientização e programas de apoio psicológico para crianças afetadas são passos essenciais nessa luta. A infância deve ser um período de descobertas e alegrias, e não de dor e discriminação.

 

Vamos juntos quebrar o silêncio e construir um futuro em que todas as crianças possam crescer livres do peso do racismo, valorizando a riqueza da diversidade que nos une. Afinal, um país que cuida de sua infância é um país que se prepara para um futuro mais justo e igualitário.

 

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.

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